Publicado em 19 de julho de 2019 às 19:48
O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira (19) a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu investigações que contenham dados compartilhados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).>
Na saída de culto evangélico na Igreja Sara Nossa Terra, ele ressaltou que o repasse de dados deve ocorrer mediante decisão judicial e que, uma vez tornados públicos os dados, esses contaminam o processo legal. A decisão beneficiou o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente. "Pelo que sei, pelo o que está na lei, dados repassados, dependendo para quê, devem ter decisão judicial. E o que é mais grave na legislação: os dados uma vez publicados contaminam o processo", disse.>
O ministro atendeu a pedido de Flávio, em uma decisão que paralisou a apuração do Ministério Público do Rio de Janeiro e atingiu outros inquéritos e procedimentos de investigação criminal de todas as instâncias da Justiça.>
A determinação tem potencial de afetar desde casos de corrupção e lavagem, como os da Operação Lava Jato, até os de tráfico de drogas.>
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A investigação sobre Flávio começou com compartilhamento de informações do Coaf - depois disso, a Justiça fluminense autorizou a quebra de sigilo bancário. As suspeitas tiveram origem na movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas do ex-assessor Fabrício Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.>
A decisão de Toffoli é de segunda-feira (15). A defesa de Flávio alegava que, na prática, o sigilo já havia sido quebrado antes da decisão judicial, pelo fato da Promotoria ter obtido dados detalhados do Coaf.>
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