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Técnico de futebol é morto na frente da igreja após agredir jogador

Técnico de futebol é morto na frente da igreja após agredir jogador

Wilson Silva Luz era pedreiro e atuava como técnico de futebol aos finais de semana. Ele morreu após dar entrada no hospital

Publicado em 16 de setembro de 2019 às 12:25

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Wilson Silva Luz, 32 anos, morto em frente à igreja após discussão. (Acervo pessoal)

O pedreiro e técnico de futebol Wilson Silva Luz, 32 anos, foi morto a tiros na frente da igreja que frequentava após discutir e agredir um dos jogadores do time dele na tarde deste domingo (15) no bairro Ulisses Guimarães, Vila Velha.

De acordo com familiares, o suspeito do crime é o tio do jogador agredido. Nenhum suspeito foi preso pela polícia. Wilson é casado e deixou três filhos adolescentes. Uma garota de 16 e dois rapazes de 12 e 15 anos. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.

Os familiares e amigos de Wilson contaram que ele é técnico e proprietário do Falcão, um time de futebol soçaite, que reúne jogadores da família e amigos da região. Às 16h deste domingo, eles enfrentaram o Verdan, time rival da região da Grande Terra Vermelha.

Segundo jogadores do Falcão, a confusão começou após Wilson cobrar uma postura de jogo mais firme de um de seus zagueiros. O time do pedreiro ganhava por pelo menos três gols de diferença. O jogo estava prestes a terminar.

"O Wilson gritou coisas como ‘joga igual homem. Tá jogando igual mocinha’. O zagueiro não gostou e decidiu abandonar a partida. Enquanto estava saindo, ele fez um gesto obsceno para o Wilson. O técnico não gostou e deu soco no rosto desse rapaz", disse um dos jogadores, de 19 anos, que trabalha como gesseiro.

Os demais jogadores apartaram técnico e jogador e o rapaz foi embora. A partida foi encerrada. Horas depois, o jogador e o tio dele, que não estava na partida, foram à casa de Wilson duas vezes. O pedreiro não foi encontrado.

Por volta das 19h, Wilson, a esposa Aline Santos, 33 anos, e os filhos foram à uma igreja evangélica na Avenida D. Pedro I, em Ulisses Guimarães. Quando a mulher do pedreiro recebia os cumprimentos dos membros na porta da igreja, viu o atirador chamar o marido dela pelo nome.

"Ele já estava atravessando a faixa quando aquele bandido chamou ele pelo nome. Se eu soubesse da confusão ou de alguma ameaça, não teria deixado ele ir conversar com ninguém, meu Deus. Meu marido morreu como bandido", disse a mulher, chorando.

Pedreiro e família moravam no bairro há 10 anos. (Isaac Ribeiro)

Wilson foi atingido com cinco tiros. Ao ser atingido com o primeiro disparo, ele tentou correu mas acabou atingido novamente. Ferido, caiu do outro lado da rua e foi levado por amigos e familiares a um hospital particular do município. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade hospitalar. O corpo do pedreiro será velado e sepultado no município de Itaju do Colônia, na Bahia. 

MULHER FERIDA COM BALA PERDIDA

Uma mulher que participaria do culto da igreja evangélica localizada na Avenida D. Pedro I, em Ulisses Guimarães, na noite deste domingo (15), foi ferida com uma bala perdida na perna. A celebração religiosa foi cancelada após o crime praticado contra o pedreiro Wilson Silva Luz, 32 anos.

Avenida D. Pedro I, em Ulisses Guimarães, Vila Velha. (Isaac Ribeiro)

"Nós estávamos recebendo os membros da comunidade e até igrejas visitantes. Nosso templo estava lotado. Quando começaram os tiros, todo mundo correu. A mulher foi ferida na perna, correu desesperada para dentro da igreja. Ela passa bem. O culto foi cancelado", disse uma participante da igreja que preferiu não se identificar.

CASA DE SUPOSTO ASSASSINO É INCENDIADA

Revoltados com a morte do pedreiro Wilson Silva Luz, 32 anos, moradores atearam fogo na casa onde o suposto assassino morava com a família na Rua D. Américo, em Barramares, Vila Velha, horas após o crime na noite deste domingo (15).

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Além da casa dele, outro imóvel que fica no mesmo terreno também foi totalmente incendiado. Dois imóveis têm dois cômodos. Na manhã desta segunda-feira (16), nenhum morador ou parente dos proprietários das casas foi encontrado pela reportagem do Gazeta Online.

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