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Polícia descarta ligação com trabalho em execução de servidor federal

Polícia descarta ligação com trabalho em execução de servidor federal

O crime aconteceu em Linhares no dia 5 deste mês. A linha de investigação seguida pela polícia é a de crime de mando. Até o momento ninguém foi preso

Publicado em 14 de fevereiro de 2019 às 14:38

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Cláudio Henrique Batista foi executado quando chegava em casa. (Loreta Fagionato)

O delegado André Costa, responsável pelas, investigações sobre o assassinato do servidor da Justiça Federal, Cláudio Henrique Batista, de 42 anos, morto no dia 5 deste mês em Linhares, no Norte do Estado, afirmou na manhã desta quinta-feira (14), durante coletiva de imprensa, que o crime não tem relação com o trabalho desempenhado pela vítima. O assassinato segue sendo investigado na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) do município.

Polícia descarta ligação com trabalho em execução de servidor federal

 

De acordo com o delegado, mais de dez testemunhas foram ouvidas e reforçaram a suspeita da polícia. “Nesse momento da investigação, nenhum dado colhido até agora no inquérito policial sinaliza qualquer relação com o homicídio e as atribuições desempenhadas pelo Cláudio. Não há nenhum dado até o presente momento que vincule o homicídio praticado contra o Cláudio e as atribuições exercidas na Justiça Federal”, destaca.

Para a polícia, testemunhas contaram que a vítima era muito querida e não tinha desavenças. “Nós ouvimos um considerado número de pessoas até o momento e todas elas sinalizaram, sobretudo, a conduta da vítima. A vítima era uma pessoa muito querida aqui em Linhares, não tinha qualquer relação de desafeto, nenhuma inimizade, o que já nos levou para a linha de investigação que estamos desenrolando até o presente momento”, garantiu.

O trabalho da polícia está bastante avançado. Por meio de câmeras de videomonitoramento da região, obtidas pelos investigadores, é possível ver o momento em que o carro utilizado no crime chega nas proximidades da residência da vítima. “Nós desenvolvemos o trabalho de investigação que está avançando e conseguimos identificar o veículo utilizado durante essa vigilância. Conseguimos sanar algumas dúvidas sobre o número de executores, chegando à conclusão neste momento da investigação que apenas um executor foi o responsável pela vigilância e execução da vítima”, revela.

Imagens mostram carro preto estacionado e executor saindo da casa da vítima. (Montagem | Gazeta Online)

A linha de investigação seguida pela polícia é a de crime de mando. Mas o delegado não repassou mais informações sobre a motivação do crime para não atrapalhar as investigações. “Nós trabalhamos com o crime de mando. Até o presente momento todos os elementos sinalizam para essa metodologia. Nós temos um executor, flagrado na cena do crime, e trabalhamos com a linha de investigação de crime de mando”, pontua.

O delegado reforçou, ainda, que qualquer informação que ajude a polícia a chegar até o autor do homicídio podem ser repassadas diretamente na Delegacia de Homicídios de Linhares, através dos contatos diretos com o delegado ou com os investigadores. Além disso, denúncias relacionadas a esse crime podem ser repassadas também pelo Disque-Denúncia no número 181. A pessoa não precisa se identificar.

O delegado André Costa investiga crime de mando. (Leonardo Goliver )

O ASSASSINATO

O crime aconteceu por volta das 19h30 do dia 5 de fevereiro, quando a vítima chegava na casa onde morava no bairro Colina, em Linhares. Cláudio foi baleado ainda dentro do carro em que estava e o assassino cometeu todo o crime em apenas 11 segundos.

O autor do homicídio utilizou uma pistola 9 milímetros e efetuou nove disparos contra a vítima que veio a óbito no local.

PERÍCIA NA RESIDÊNCIA

No dia 6 de fevereiro, o delegado André Jaretta e o delegado responsável pelo caso, André Costa, além de investigadores e peritos estiveram no local simulando a cena de crime. Eles não quiseram dar detalhes da ação policial para não atrapalhar as investigações.

A ação chamou atenção de curiosos que acompanhavam atentamente o trabalho da polícia. Era possível ver o momento em que os peritos tentavam refazer os passos dados pelos criminosos que mataram Cláudio e inclusive utilizaram simulacros, para simular o momento em que o tiros atingem o servidor.

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