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Idosa perde R$ 1 mil em golpe do falso sequestro em Colatina

Idosa perde R$ 1 mil em golpe do falso sequestro em Colatina

Criminosos alegaram estar com a filha dela; conta do depósito era do Rio de Janeiro

Publicado em 25 de julho de 2019 às 20:35

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Moradora de Colatina, Mônica Costa, de 43 anos, teria sido sequestrada em golpe aplicado à mãe. (Reprodução | TV Gazeta Noroeste)

“Eu estou com a sua filha e só vou liberá-la se me pagar R$ 5 mil”. Foi essa fala que deu início ao pesadelo vivido por uma idosa de 77 anos durante a manhã do último dia 15 de julho. Moradora do distrito de Itapina, em Colatina, no Noroeste do Estado, ela acabou entrando em desespero e depositou todo o dinheiro que tinha em casa, que somou o valor de R$ 1 mil.

Suposta sequestrada, Mônica Costa, de 43 anos, explicou como tudo aconteceu. “Eles ligaram de um número restrito e disseram que, se ela (mãe) não fizesse o depósito, iriam me matar. A todo tempo, o criminoso ameaçava a minha mãe e ordenava que ela não contasse para ninguém e nem acionasse a polícia. A linha do celular dela também ficou bloqueada”, contou.

Dessa forma, algumas pessoas – incluindo a filha – que tentaram falar com a idosa durante aquela manhã, por causa de uma consulta marcada para mais tarde, acabaram não conseguindo o contato. Incomunicável e desesperada, ela aproveitou a carona que já estava agendada para o centro de Colatina e realizou o depósito na conta dos sequestradores.

“Agora rasga o comprovante e joga fora. Nós vamos deixar sua filha perto da casa de vocês”, teria dito o falso sequestrador. A mãe dela, então, pegou um táxi de volta para a residência. “Cerca de 30 minutos depois, quando o dinheiro já devia estar na conta, eles liberaram a linha dela”, disse Mônica, relembrando toda a preocupação vivida.

Apesar do prejuízo financeiro, para a filha, a maior preocupação era outra. “Ela disse que se tivesse mais dinheiro teria depositado tudo. O bem material, porém, não foi meu maior medo quando soube da história, mas, sim, a saúde dela. A pressão subiu muito, ela poderia ter enfartado”, ressaltou.

De acordo com ela, a mãe tinha conhecimento da existência desse tipo de golpe, mas acabou entrando em desespero na hora e acreditando. “Serve de alerta para todo mundo. Assim como aconteceu com ela, pode acontecer com qualquer outra pessoa. Parece que eles têm um jeito de hipnotizar a vítima”, concluiu.

ORIENTAÇÕES E INVESTIGAÇÕES

Titular da 15ª Delegacia Regional, o delegado Everton Mauro dá orientações para que outras pessoas não caiam no golpe do sequestro falso. “O primeiro passo é desligar o telefone e usar outro aparelho, fixo ou móvel, para tentar falar com o suposto familiar sequestrado. Se não conseguir contato direto, procure o trabalho ou outras pessoas próximas a ele”, orientou.

“O uso de outro telefone é necessário porque o criminoso pode usar artifícios para segurar a linha. Assim, a pessoa vai ter a impressão de que ligou para o familiar, quando, na verdade, apenas retomou a conversa com o bandido”, continuou. “Outra orientação é evitar se expor em redes sociais e restringir o acesso a elas apenas a pessoas próximas”.

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Entretanto, para quem já caiu no golpe, a orientação é procurar o local em que realizou a transação para conseguir o comprovante, que permitirá descobrir de onde é a conta do criminoso, e registrar o crime na delegacia. A Mônica fez isso e sabe que o dinheiro foi parar no Rio de Janeiro. O caso segue sob investigação da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio de Colatina.

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