Apesar de já ter quase dois meses da aprovação por consulta pública do projeto de barreira de proteção contra suicídios na Terceira Ponte, com a via sendo fechada algumas vezes para operações de resgate nesse período, o Governo do Estado ainda não dá prazos para a instalação da estrutura, que agora também poderá contar com uma ciclovia.
Uma votação popular encerrada no dia 20 de janeiro apontou que os capixabas escolheram o projeto "Estrutura lateral rebaixada em fibra de vidro". Nela não estava prevista a ciclovia, já que no ano passado a Agência de Regulação de Serviços Públicos (Arsp) havia descartado a ideia por impedimentos técnicos.
Na semana passada, no entanto, o governador Renato Casagrande (PSB) declarou que é estudada novamente a possibilidade de ter ciclovia. "Estamos estudando uma proteção antissuicídio que possa atender também uma ciclovia, se for tecnicamente possível. Se pudermos incorporar a ciclovia, ótimo", disse.
Enquanto isso, os casos de tentativa de suicídio, com a posterior interdição para resgate, continuam na ponte. Entre o dia 21 de janeiro, quando foi anunciado o modelo de proteção aprovado, até agora, já foram três situações. No dia 21 de fevereiro, a via ficou fechada por 45 minutos para uma tentativa de resgate.
O mesmo aconteceu no dia 03 de março, no domingo de carnaval. A via ficou fechada por quase quatro horas, durante a manhã, para atendimento a um homem que passava por uma crise.
A última ocorrência de resgate aconteceu neste domingo (17). A Terceira Ponte ficou bloqueada por duas horas, durante o fim da tarde e o início da noite. Tanto o lado de de Vitória quanto o de Vila Velha tiveram que ser fechados, segundo a Rodosol. Em todos esses casos, os resgates foram finalizados com sucesso.
O QUE DIZ O GOVERNO
Demandada na semana passada, a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp) afirmou que a responsabilidade sobre a barreira de proteção já estava a cargo da Secretaria dos Transportes e Obras Públicas (Setop), que declarou, em nota, que está avaliando junto com o DER a viabilidade técnica e financeira do modelo escolhido via consulta pública e que não é possível dar prazos. Na nota não falava sobre ciclovia.
Já nesta segunda-feira (18), o DER disse, também por meio de nota, que está sendo avaliada a viabilidade técnica e financeira do modelo escolhido via consulta pública, que é um conceitual, incluindo também a possibilidade de ciclovia, ainda em fase de estudo. O órgão disse que mais uma vez não é possível dar prazos.
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