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Secretário: bactéria que afetou crianças é a mesma achada em cervejaria

Secretário: bactéria que afetou crianças é a mesma achada em cervejaria

A mesma bactéria encontrada em cervejaria nos fundos da creche estava presente nos resultados dos exames de duas crianças com infecção

Publicado em 1 de abril de 2019 às 12:20

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Secretaria de Saúde de Vila Velha. (Eduardo Dias)

A bactéria escherichia coli, encontrada em exames de duas crianças que estudam na creche onde há um surto de diarreia, é a mesma que foi achada na área da cervejaria que fica nos fundos do terreno da unidade localizada na Praia da Costa, em Vila Velha. A informação é do secretário de Saúde de Vila Velha, Jarbas Ribeiro de Assis Junior. 

Exames preliminares também descobriram coliformes totais no chafariz da instituição, mas ainda não há confirmação de que tenha escherichia coli no local. De acordo com o secretário, faltam alguns detalhes para fechar a investigação. "O problema foi realmente lá dentro da creche, provavelmente no chafariz", adiantou o secretário à TV Gazeta nesta segunda-feira (1º).

"No chafariz havia uma quantidade grande de coliformes totais, que poderia conter a escherichia coli, mas não foi especificada naquele chafariz. Nós encontramos em outro local, na fábrica artesanal de cerveja. Um dos detalhes que nós estamos avaliando é o projeto hidráulico da creche, para ver a interligação desses vários cômodos da creche. E eu acho que nós vamos conseguir concluir em breve, mostrando que o problema aconteceu dentro da creche, afetando essas crianças, infelizmente levando uma à óbito", afirmou o secretário.

Segundo Jarbas, o surto será controlado. "Com o afastamento dessas crianças, vamos controlar dentro da creche o problema. Vamos acompanhar de perto. Isso não acaba o problema, nós precisamos acompanhar de perto todas essas crianças no seu ambiente domiciliar".

TIPOS MAIS GRAVE

"Os exames que o laboratório de saúde pública nos enviou confirmam o que nós imaginávamos: é a escherichia coli, mesma bactéria que nós encontramos lá na creche, mas numa variante muito agressiva. É a escherichia coli enterohemorrágica, inclusive em uma das crianças que está em estado grave. Então nós praticamente fechamos o ciclo. Nós temos a bactéria no ambiente da creche, temos a bactéria no ambiente da creche, temos a bactéria nas crianças adoecidas. Nós sabemos que a transmissão foi pela água".

À jornalista Daniela Carla, da TV Gazeta, o secretário respondeu outras dúvidas. Veja a entrevista.

Essas crianças, mesmo acompanhadas, podem transmitir essa bactéria?

Durante um certo período sim. Elas estão em casa podem com as pessoas que elas convivem haver transmissão. Isso é uma preocupação, sim. Nós estamos bloqueando a transmissão dentro da creche. Agora em casa cada um tem os seus contatos e a transmissão é fecal-oral. Eu volto a afirmar: as pessoas precisam lavar a mão toda vez que entra em contato com a criança e a criança precisa lavar a mão constantemente até esse surto desaparecer.

Período de incubação chega a sete dias. Como a creche foi fechada na semana passada, a tendência é que não surjam mais casos?

Nós não esperamos nessa semana casos de transmitidos entre alunos da creche. A preocupação é no ambiente domiciliar haver a transmissão. Para isso, é necessária muita higiene por parte dos pais e das crianças.

Saiu resultado de exames para duas crianças. É provável que as outras estejam com a mesma bactéria?

Com certeza. Muitas a gente só conseguiu coletar os exames após o uso de antibióticos, o que mascara o resultado. Acho que o nosso ciclo epidemiológico está fechando. Nós estamos com a bactéria no ambiente da creche a bactéria no corpo das crianças com sintoma, inclusive grave. Acho que não há dúvida mais que é essa a bactéria causadora dos problemas que encontramos na creche. Isso será superado com o tempo e com o tratamento. E nós vamos depois, futuramente, avaliar, porque os pais têm pedido a abertura da creche, mas ela só poderá funcionar depois de todas as adequações feitas, exames novos feitos, para que a gente possa dar segurança total às crianças.

Cinco crianças continuam internadas. O senhor sabe o estado de saúde delas?

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Apenas uma em estado mais grave. Temos uma outra que saiu da UTI e foi para o quarto e temos outros casos que estão em enfermaria. Na verdade, nós preocupa muito um caso ainda, mas também tem apresentado melhoras.

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