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Nova rua vai ligar a Reta da Penha à subida da Terceira Ponte

Nova rua vai ligar a Reta da Penha à subida da Terceira Ponte

Prefeitura analisa projeto para reduzir trânsito no acesso à ponte

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 01:39

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Praça é rodeada por ruas que ligam a Reta da Penha à Terceira Ponte. (Fernando Madeira)

Ponto crítico para o tráfego no acesso à Terceira Ponte pelo lado de Vitória, a Praça Cristóvão Jacques (Praça do Cauê), em Santa Helena, vai ser ampliada para as laterais e, no meio, passará uma nova pista, mais elevada, para os carros. A proposta é fazer uma ligação direta da Reta da Penha para a ponte.

Esse é um projeto que está em análise pela prefeitura para atacar o problema dos longos engarrafamentos que se formam no entorno da praça e se estendem por ruas e avenidas da Capital.

“Tivemos uma discussão com toda a comunidade, ainda na nossa primeira gestão (2013 a 2016), apresentando um desenho equilibrado, com uma praça maior, preservando equipamentos públicos, com calçamento lateral onde passam os carros hoje. E, entre os dois lados da praça, uma espécie de elevação com os carros passando ali”, aponta o prefeito Luciano Rezende.

“Estamos amadurecendo o projeto e vamos retomar a discussão com o governo do Estado eleito já nos primeiros meses de 2019. Com a mudança de governo, esperamos novas parcerias e que sejam retomadas obras e ações paradas em Vitória há muito tempo”, acrescenta.

Da equipe de transição do governador eleito Renato Casagrande, o economista e ex-secretário de Transportes de Vitória Tyago Hoffmann ressalta que a nova administração vai tratar da Praça do Cauê com o município, bem como retomar as discussões com os moradores. “Vamos dialogar para encontrar o melhor caminho. Tem que ser bom para o trânsito da cidade, mas também precisa contemplar o espaço de lazer que é importante para a comunidade”, pontua.

Hoffmann diz que não pode antecipar a solução que será adotada, mas destaca que as negociações serão pela melhor alternativa. A proposta da prefeitura é da época em que ele ainda estava na administração municipal.

Professor da Ufes e da Faesa, o mestre em logística e transportes Manoel Rodrigues acredita que uma ligação direta pode contribuir para a melhoria do tráfego na região. “Hoje, para contornar a praça, as curvas são muito acentuadas, em 90 graus, obrigando o motorista a reduzir bem a velocidade”, comenta.

Rodrigues lembra ainda que, para aquela região, já foram discutidas propostas como viaduto e passagem subterrânea, mas o custo é muito elevado. “São obras caríssimas e lá não tem retroárea para fazer esse tipo de obra. Então, penso que essa alternativa de ampliar a praça e passar a pista pelo meio é, também, a que tem melhor custo-benefício. Antes, porém, é preciso simular para ver se efetivamente dará resultado.”

Mas vale lembrar que, em 2013, o governo do Estado já havia proposto cortar a praça ao meio como intervenção necessária para a implantação do BRT (faixa exclusiva para ônibus), e o projeto foi criticado por especialistas e pela comunidade. Hoje, o trajeto de ônibus não é feito mais pela praça.

Praça é rodeada por ruas que ligam a Reta da Penha à Terceira Ponte. (Fernando Madeira)

VILA VELHA

Tyago Hoffmann acrescenta que, além de tratar da Praça do Cauê, o novo governo também se preocupa com a estrutura da ponte em si e dos acessos por Vila Velha. “Na ponte mesmo, vamos analisar o que está sendo proposto pelo governo atual, se é a melhor alternativa, que opções existem. Porque muito está sendo discutido, mas dificilmente haverá tempo de ser implantado ainda nesta gestão.”

Uma das dúvidas de Hoffmann refere-se à quinta faixa, que seria criada a partir da retirada da mureta divisória entre os dois sentidos da ponte, e cuja ideia é fazê-la reversível, conforme o fluxo de veículos.

“Mas, sozinha, não vai resolver o problema dos engarrafamentos, se não cuidar da chegada em Vila Velha, que termina em um canal, na Avenida Carioca. Vai tampar o canal, por exemplo? Então, é preciso discutir tecnicamente para encontrar soluções mais definitivas, tanto na ponte quanto nos acessos em Vitória e Vila Velha.”

 

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