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Justiça anula eleição do Sindirodoviários e convoca novo pleito

Justiça anula eleição do Sindirodoviários e convoca novo pleito

Votação que aconteceu em julho, e que gerou grande confusão, foi anulada pela Justiça

Publicado em 12 de setembro de 2018 às 12:33

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A apuração da eleição em julho foi marcada por confusão e suspensão da contagem dos votos. (Divulgação)

Depois de muita confusão, a eleição do Sindirodoviários, ocorrida em julho, foi anulada. A Justiça entendeu que houve irregularidade na votação, e uma nova eleição deve acontecer no começo de outubro. O sindicato publicou edital nesta quarta-feira (12), em que informa a anulação da eleição anterior. O novo pleito será coordenado por uma perita judicial.

Em julho, a votação para escolher a nova chapa que comandaria o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado virou caso de polícia. A Chapa 1 alegou que houve fraude no processo eleitoral, o que teria favorecido a Chapa 3, e pediu a nulidade da eleição. Por sua vez, a Chapa 3, na época, negou as acusações e afirmou que a Chapa 1 recorria à Justiça porque teria perdido a disputa. No entanto, no despacho proferido pela juíza titular da 5ª Vara do Trabalho de Vitória, no último dia 03 de setembro, as três chapas que disputam o cargo concordaram em realizar uma nova eleição.

"Por unanimidade, decidiram realizar nova eleição, assim compreendida apenas a colheita de votos, apuração dos mesmos, proclamação da Chapa vencedora e posse dos eleitos no encerramento da apuração. Acolho a proposta apresentada e nomeio a Sra. Neuzimeire Siqueira do Amaral Stein para dar seguimento ao processo eleitoral, devendo ser intimada para se reunir com os interessados e fixar a nova data de eleição, no prazo máximo de trinta dias", diz o despacho da juíza publicado em três de setembro. 

Batizada de "Força e União", a Chapa 1 tem como candidato a presidente João Luiz Alves, conhecido como João da Viação Satélite. Pela Chapa 2, "Tamo junto para mudar", Marcelo Cardoso dos Anjos concorre ao cargo de presidente. Já na Chapa 3, "Direção certa CUT", Miguel Ferreira Leite disputa o comando do sindicato.

"RESOLVEMOS ACEITAR", DIZ PRESIDENTE DA CHAPA 3

O presidente da Chapa 3, Miguel Leite, declarou que preferiu o acordo após perceber que a decisão na Justiça iria demorar muito. De acordo com ele, as duas primeiras chapas já haviam proposto novas eleições para que o processo não se arrastasse.

“A juíza da 5ª Vara nos propôs entrar no acordo porque o processo é complexo e as outras duas chapas entraram com o processo de impugnação e isso demoraria”, explicou.

Segundo Miguel Leite, como a data-base, que é a negociação salarial dos trabalhadores, acontece no final do ano, os rodoviários poderiam ser prejudicados sem uma chapa eleita. “O rodoviário ficaria sem data-base”, completou.

Miguel Leite destacou que ficou acordado que ele continua sendo o cabeça da Chapa 3, o que não pode ser questionado pelos adversários. Além disso, as chapas têm a opção de trocar até 50% do quadro de integrantes. Junto à perita que vai cuidar das eleições, também serão escolhidos um membro de cada chapa para compor a nova Comissão Eleitoral.

CONFUSÃO

O presidente da antiga comissão, Roberto Argolo, garantiu que o que causou toda a confusão foi causada pela Chapa 3. Segundo ele, o acordo foi a melhor forma de resolver a situação. “Teve voto a mais dentro de urna, tumulto, tentaram tomar algumas urnas e bateram em mesário no interior. A gente vê muitas coisas e as pessoas querem o poder de qualquer jeito”, declarou.

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Miguel Leite nega que os conflitos tenham sido causados pela chapa em que lidera. “Em duas garagens houve 4 e 6 votos a mais, mas acordamos que iriam continuar as eleições. Quando viram que a gente estava ganhando quiseram cancelar o pleito. A eleição foi organizada pela Chapa 1, então qualquer erro é da comissão. Mas vamos participar de novo e vamos vencer”, completou.

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