Há cerca de dois meses e meio os professores de educação física Marcela dos Santos Nascimento Bueloni, de 36 anos, e Leonardo Leal Bueloni, de 33 anos, descobriram que Léo, um bebê que ainda está na barriga da mãe, teria uma luta pela vida a enfrentar. Léo foi diagnosticado como cardiopata e agora os pais realizaram bazares, rifas e recebem doações para conseguir recursos para custear a cirurgia delicada que ele deve fazer assim que nascer.
Os pais descobriram por meio de exames que o bebê tem hipoplasia do ventrículo direito, em uma parte do coração responsável pelo bombeamento do sangue. O diagnóstico surgiu após exames de rotina. Marcela conta que o filho foi planejado e é muito aguardado pelos pais - que são casados há um ano, mas juntos há 13.
A gente já estava morando junto e nos organizamos para casar e engravidar, como aconteceu. Não quisemos esperar muito tempo e tive uma gravidez muito boa. Eu me alimento bem. Em um ultrassom morfológico o médico desconfiou e pediu para que a verificação fosse feita por um especialista, relatou.
Foi então que começou toda a rotina de viagens, idas e vindas a médicos especializados em ecocardiograma fetal. O primeiro exame foi realizado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, referência na área. O primeiro diagnóstico, de malformação do ventrículo, foi feito, mas outros problemas começaram a aparecer.
Além de São Paulo, fomos em especialistas de Belo Horizonte, Cachoeiro de Itapemirim, em Vitória e em Vila Velha. Apareceram outros problemas, com má formação de válvulas. Toda hora tem um diagnóstico diferente e só vamos saber ao certo os detalhes quando o bebê nascer, completou.
Segundo Marcela, a cirurgia de Léo deve ser feita com até três dias de vida para corrigir as malformações. O procedimento deve acontecer em São Paulo, no hospital onde ela descobriu o problema. Na próxima semana, quando a gravidez completar 35 semanas, ela e o marido vão viajar para a capital paulista. Depois disso, a companhia aérea não aceita mais, então preciso ir para ter o bebê lá e fazer a cirurgia, declarou.
CUSTOS
O pai da criança, Leonardo, explicou que são três cirurgias, uma três dias após o nascimento, outra em três meses e uma última com até três anos de idade, caso haja necessidade. Contando com o parto, o valor do primeiro procedimento cirúrgico passa de R$ 100 mil. Até agora, cerca de R$ 13 mil foram arrecadados entre rifas, doações e venda de itens de um bazar.
Não passaram para a gente esse orçamento direito ainda, mas nos falaram que seria esse valor. Estamos lutando contra o plano de saúde também porque o valor pode ser ainda maior e mesmo que a gente pague, não vamos ter condições, explicou o pai.
Em outra ponta, os pais também brigam na Justiça para conseguir o procedimento via Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda aguardam a resposta de uma ação movida na Defensoria Pública.
ARRECADAÇÃO FINANCEIRA
Enquanto isso, para conseguir recursos para fazer a cirurgia de Léo, os pais montaram um bazar, com um perfil nas redes sociais. Itens como roupas para bebês, banheiras, sapatos e colares estão sendo colocados à venda.
A mãe, Marcela, também conta com doações das pessoas de amigos. Fazemos rifas também, de cestas de chocolate, vasilhas plásticas. Gostaria muito que meu plano de saúde cobrisse os gastos com o neném, mas não estamos conseguindo. Somos professores e isso é fora da realidade pra gente, disse a mãe, que finaliza: Só espero que meu filho sobreviva e volte para casa.
Quem quiser ajudar, pode comprar algum dos itens no perfil do bazar no Instagram. É possível ajudar também fazendo alguma doação pelo aplicativo PicPay, procurando o perfil @amigosdoleo. Quem quiser ajudar de outra forma, pode entrar em contato com Leonardo, por meio do número (27) 99816-3798.
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