Pouco menos de um mês depois do ataque no colégio em Suzano, em São Paulo, com 10 mortes, as escolas estaduais capixabas receberam uma verba específica para reforçar o esquema de segurança. No atentado em São Paulo, dois ex-alunos encapuzados e armados invadiram o colégio e mataram estudantes e funcionários.
O montante dividido pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu) para todas as unidades de ensino foi de R$ 3,8 milhões e faz parte do Programa Estadual Dinheiro Direto na Escola (PEDDE), que concede autonomia de gestão financeira aos diretores escolares.
Desde então, as instituições investiram em aquisição e manutenção de câmeras de videomonitoramento, fechadura elétrica, automação do portão, interfone. Cada escola recebeu uma média de R$ 8 mil para essas despesas de controle de acesso ao colégio.
Apesar da proximidade de tempo entre o ataque de Suzano e a liberação da verba para as escolas capixabas, o subsecretário de Estado de Suporte à Educação, Aurélio Meneguelli, afirma que esse investimento já estava previsto. "Em 2014 nós fizemos na gestão anterior do governador Renato Casagrande. É um desejo do governador e do secretário de Educação", garante.
Uma das escolas beneficiadas foi a Renato Pacheco José da Costa Pacheco, que fica em Jardim Camburi, em Vitória. O diretor da unidade, Diasses Ximenes, utilizou os recursos, cerca de R$ 8,5 mil para automatizar o portão de entrada e fazer a manutenção das quase 60 câmeras do colégio.
"Antigamente, a escola não tinha como segurar seus alunos dentro da unidade. Agora, por exemplo, nossa vigilância na secretaria tem o portão automatizado. Nossas câmeras estão todas monitorando as salas de aula, os portões, as áreas comuns e principalmente a entrada e saída de alunos", apontou o diretor.
Cada conselho de escola teve que enviar um plano de aplicação dos recursos para a Sedu e o repasse do dinheiro foi feito após esse plano.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope, a pedido do Sindicato dos Professores do Espírito Santo, mostrou em abril que 61% dos entrevistados, entre pais, alunos e servidores, não consideravam as escolas seguras.
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