> >
Em 12h, volume de chuva em Vitória é maior do que o esperado para o mês

Em 12h, volume de chuva em Vitória é maior do que o esperado para o mês

Vila Velha e Serra também estão entre os municípios onde mais choveu no Estado

Publicado em 16 de abril de 2018 às 13:22

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

A cidade de Vitória acumulou 138 milímetros de chuva das 22h de domingo (15) até as 10h desta segunda-feira (16). O volume de chuva é maior do que os 105 mm esperado para todo o mês de abril na Capital, segundo a Defesa Civil da cidade.

Nas últimas 24 horas, Vitória já acumulou 140 milímetros de chuva e é o município com o maior volume registrado no Estado desde domingo, segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Na sequência, estão: Vila Velha, com 130 mm; Serra, com 109 mm; Guarapari, com 109 mm; e Cachoeiro de Itapemirim, com 80 mm.

 

Para o meteorologista do Incaper Hugo Ramos, as situações de alagamento da Capital na manhã desta segunda-feira devem continuar sendo observadas, já que, além do volume expressivo de chuva, a maré alta também deve dificultar o escoamento da água, principalmente na Grande Vitória.

"A previsão do Incaper é que a partir de quarta-feira essa chuva comece a diminuir, de maneira lenta. Houve mudança também no padrão dos ventos, que, por conta da aproximação de uma frente fria, virou da direção nordeste para sudeste. Quem estiver na faixa litorânea do Espírito Santo deve ficar atento por conta dos transtornos que devem ocorrer por causa desses ventos mais fortes", alertou.

Outro risco que o índice mais intenso de chuva pode trazer é o de deslizamento de terra. O solo encharcado pode desencadear algumas enxurradas em determinados pontos, "principalmente na região de Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina", diz Hugo Ramos.

COMO SE MEDE O ÍNDICE DE CHUVA

Outro termo que a gente sempre escuta é a quantidade de chuvas em milímetros. Então, você já sabe que a medida usada para medir o volume de chuva é milímetros por metro quadrado. Imagine um quadrado de um metro por um metro, agora despeje um litro de água nesse quadrado. A água vai subir até a marca de 1mm. Em outras palavras, um milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado. Aí fica mais fácil imaginar que, se choveu 40mm, seriam 40 litros de água em cada metro quadrado.

O período da chuva também é muito importante. Chover 40 litros de água durante um dia todo pode ter um impacto menor do que chover essa mesma quantidade de uma vez só em uma hora. E como faz para medir a chuva em uma cidade grande? São os equipamentos chamados pluviômetros, espalhados por vários pontos da cidade, que vão indicar o quanto choveu. Por isso, aparecem valores diferentes. Os instrumentos ficam dentro de diversas estações meteorológicas oficiais, que vão fornecer os dados do Brasil todo como uma rede de informações.

Esses dados é que vão permitir as comparações das quantidades de chuva por dia, por mês e por ano.

COMO FUNCIONA O PLUVIÔMETRO

A palavra pluviômetro vem do latim e significa medidor de chuva. Um observador meteorológico faz uso de uma proveta, que é coletada em milímetros, abre-se a torneira do aparelho, a chuva cai no pluviômetro, que tem forma de um funil, e a pessoa mede o tanto que choveu. Essa medição é feita manualmente pelo observador, quando a estação é convencional.

Já a estação automática tem sensores que fazem a medição da chuva. As informações são transmitidas de hora em hora para uma central de meteorologia.

Resumindo, dizer se choveu muito ou pouco, depende da quantidade de milímetros, do período em que a chuva cai e ainda da média histórica do local. No Brasil, quem faz essas medidas oficialmente é o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

CHUVA DEIXA RUAS ALAGADAS NA GRANDE VITÓRIA

Várias ruas da Grande Vitória estão alagadas por causa da forte chuva que atinge o Espírito Santo desde a madrugada desta segunda-feira (16). Vitória e Vila Velha registram o maior número de pontos de alagamento e ruas intransitáveis por conta do temporal.

Na Capital, avenidas como a Cezar Hilal, Leitão da Silva, Jerônimo Monteiro e Reta da Penha encontram-se bastante tomadas pela água na manhã desta segunda, e os motoristas estão com dificuldade para trafegar. Há locais onde não é possível passar. Em Vila Velha, a situação também é bem complicada nas avenidas Gil Veloso, Antônio Ataíde, Jair de Andrade e Lindenberg. O motorista que precisa acessar a Terceira Ponte, seja por Vitória ou Vila Velha, também encontra bastante dificuldade.

Também há registros de vários pontos com alagamentos em Cariacica, como Campo Grande, e bairros ao longo da Rodovia José Sette. Bairros de Viana, como o Universal, também estão tomados pela água.

VITÓRIA

A Capital enfrenta trânsito complicado e muita ruas alagadas. A situação é pior no Centro de Vitória, onde as ruas como a Henrique Novaes e áreas próximas ao Palácio da Fonte Grande estão tomadas pela água. A região do Parque Moscoso, Rua Sete e avenida Princesa Isabel estão alagadas. 

A situação é a mesma na Avenida Cezar Hilal onde é impossível transitar. A avenida Beira-Mar, Avenida Vitória e Marechal Campos também estão completamente alagadas.

Bairros como Enseada do Suá, Praia do Suá, Fradinhos, Bento Ferreira, Mata da Praia e Ilha de Santa Maria também têm ruas alagadas.

A Reta da Penha, Leitão da Silva e Américo Buaiz também apresentam pontos de alagamento, bem como os acessos à Terceira Ponte.

VILA VELHA

Em Vila Velha, quem precisa acessar a Terceira Ponte encontra dificuldades. O calçadão de Itapoã está completamente coberto pela água. As avenidas Gil Veloso e Jair de Andrade também estão completamente tomadas pela água. A Rua Antônio Ataíde foi "fechada" por uma corda, para avisar aos motoristas que não é possível seguir pelo local, que está intransitável. A Avenida Carlos Lindenberg também tem pontos de alagamento.

Ruas do entorno do Terminal de Vila Velha estão completamente alagadas. Com o terminal ilhado, motorista não conseguem entrar no local com os ônibus e passageiros esperam a mais de uma hora pelo coletivo. Ônibus também não circulam pelo bairro Itapoã.

No Centro de Vila Velha a situação é caótica: ruas como a do Ítalo Floresti Segrini estão tomadas pela água.  Varias ruas dos bairros Alvorada, Soteco, Cobilândia também amanheceram alagadas.  

32 pontos com intervenções

Trinta e dois pontos de Vila Velha contam com intervenções de drenagem promovidas, desde o início da madrugada desta segunda-feira (16), para minimizar os impactos causados pelas chuvas que caem sobre a Grande Vitória. 

A Secretaria Municipal de Infraestrutura, Projetos e Obras (Semipro) realiza intervenções de drenagem na Grande Cobilândia e na Grande Terra Vermelha, regiões 4 e 5. Também é feito o trabalho emergencial de drenagem das águas das chuvas em Itapuã, Barramares e Cidade da Barra.

SERRA

Quem trafega pela BR 101, na Serra, também encontra dificuldades. A pista central da rodovia está completamente alagada. Na Rodovia Norte Sul também há pontos de alagamento.

ALFREDO CHAVES

Também há registros de vários pontos de alagamento no município de Alfredo Chaves, na Região Serrana do Estado. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Ana Araújo ficou completamente ilhada, e as aulas foram suspensas por que alunos e professores não conseguem chegar ao local.

GUARAPARI

Este vídeo pode te interessar

A chuva também deixou ruas de Guarapari alagadas. A auxiliar administrativa Priscila Corrêa, de 32 anos, acordou com a rua de casa tomada pela água.  "Começou ontem a noite. O céu amanheceu muito escuro e a rua muito alagada. Um carro foi tentar passar e está parado, não liga mais", contou.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais