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Centenas de autistas aguardam acompanhamento pedagógico no ES

Centenas de autistas aguardam acompanhamento pedagógico no ES

Única associação exclusiva para o acompanhamento dos autistas tem uma fila com 519 pessoas na fila de espera, em Vitória

Publicado em 2 de abril de 2019 às 17:31

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O garoto Arthur Satlher, de 9 anos, foi diagnosticado com autismo aos 2 anos de idade. A mãe Regiane e o Pai Gilmar acompanham de perto a evolução do garoto. (Eduardo Dias)

O garoto Arthur Satlher, de 9 anos, foi diagnosticado com autismo aos 2 anos de idade. Entre outros sintomas, essa síndrome causa alterações na capacidade de comunicação, interação social e comportamento da criança. Por conta disso, a mãe do garoto, Regiane Kayla Sathler, trata como uma vitória todas as vezes que vê Arthur brincando e interagindo com outras crianças.

Na opinião de Regiane, essa evolução no desenvolvimento do filho só foi possível por causa da assistência que ele recebe de uma instituição sem fins lucrativos, que há 18 anos oferece acompanhamento para autistas no estado, no bairro Goiabeiras, em Vitória.

"Nesses seis anos que ele está lá, ele se acalmou e está um autista mais funcional. Ele já tem comunicação e está nesse processo. O atendimento faz com que ele se acalme e que ele se expresse", disse a mãe.

FALTAM VAGAS PARA TODOS OS INTERESSADOS

A Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo (Amaes) atende 238 pessoas atualmente, entre crianças e adultos. A organização ainda tem uma lista de espera com 519 pessoas. Além do atendimento pedagógico, são oferecidos acompanhamentos de terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.

A gerente administrativa da Amaes, Pollyana Paraguassú, afirmou que a grande quantidade de pessoas à espera de atendimento tem relação com um maior entendimento das pessoas sobre a doença e o aumento na procura por acompanhamento. Pollyana afirma que o filho dela foi diagnosticado com autismo em 2005 e que naquele época as informações sobre a doença eram mais limitadas.

Parte da equipe de atendimento da Amaes. (Eduardo Dias)

Pollyana Paraguassú diz que a falta de vagas para todos os interessados em acompanhamento clínico e pedagógico é um dos pontos mais lamentados pela instituição. Na avaliação dele, novas associações voltadas para cuidar dos autistas deveriam ser criadas no estado.

"Nós precisamos diminuir, e muito, essa fila de espera. Nós só vamos conseguir isso com políticas públicas. Somos em grande número e esse número tem crescido a cada ano. Quem dera se a gente pudesse ter um centro de atendimento em cada município, isso seria o ideal", opina a gerente da Amaes.

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O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é comemorado nesta terça-feira, dia 2 de abril. Para celebrar a data e ajudar ainda mais na capacidade da interação social dos autistas, a organização realizou comemorações com muitas brincadeiras. As atividades aconteceram no Parque Pedra da Cebola, em Vitória.

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