> >
Cai o número de flagrados embriagados em blitze na Grande Vitória

Cai o número de flagrados embriagados em blitze na Grande Vitória

Mesmo assim, eles são autuados por embriaguez ao volante, têm que pagar multa e a carteira é suspensa por 12 meses. Em alguns casos, podem ser presos

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 15:16

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Durante as blitze, recusa ao teste do bafômetro cresce. ( Fernando Madeira)

Mesmo com um número maior de blitze da Lei Seca e mais abordagens policiais, a quantidade de motoristas flagrados embriagados caiu na Grande Vitória. Tanto as autuações administrativas quanto as criminais apresentaram redução num comparativo entre 2018 e 2019, que variam de 27 a 35%.

Entre os meses de janeiro e julho, o número de condutores que fizeram o teste de bafômetro e o resultado, positivo, foi inferior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar expelido passou de 92 para 80. Em uma base de 3.928 abordagens no ano passado e 4.696 neste ano, a queda foi de 27,19%.

Eles foram autuados administrativamente, ou seja, receberam multa de R$ 2.934,70 e tiveram a carteira de habilitação suspensa por 12 meses. O valor da multa pode ser dobrado em caso de reincidência num intervalo de um ano.

Para aqueles motoristas cuja concentração de álcool é igual ou superior a 0,3 miligrama por litro de ar, a autuação resulta, além de todas as punições previstas na esfera administrativa, em um procedimento criminal. Nesse grupo também houve diminuição, passando de 171 para 132 casos, o que representa 35,38% menos condutores com nível de embriaguez elevado. 

RECUSA PELO TESTE TAMBÉM AUMENTA

Por outro lado, houve um incremento de 19,92% na quantidade de motoristas que se recusam a usar o bafômetro. Foram 229 ocorrências a mais, porém a tentativa de burlar a lei não livra o condutor de punição: multa, suspensão da carteira e, em alguns casos, até prisão. 

Nos primeiros sete meses de 2019, 758 condutores não quiseram ser submetidos ao exame que avalia se houve ou não ingestão de bebida alcoólica.  No ano anterior, foram 529 respostas negativas para a realização do teste.

Mas, ainda assim, todos foram autuados administrativamente, com multa e suspensão da carteira - a mesma punição para quem faz o teste e o resultado é inferior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar expelido.

O capitão Gilson de Jesus do Nascimento, comandante da 1ª Companhia do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, ressalta que, mesmo quem se recusa a fazer o teste do bafômetro, pode ser enquadrado em crime de trânsito por embriaguez.

 

Aspas de citação

A legislação prevê que o crime pode ser comprovado por outros meios, como fala arrastada, dificuldade de se manter de pé, hálito de bebida alcoólica. O agente faz um laudo de constatação de incapacidade psicomotora e isso serve como prova de cometimento de crime. O motorista é levado para a delegacia e encaminhado para exame

Capitão Gilson
Aspas de citação

O comandante diz que, em 2019, o Batalhão passou a contar com duas equipes de fiscalização para a realização de operações, e que a tendência é haver mais blitze da Lei Seca.

De janeiro a julho, foram 70 especificamente para flagrar motoristas infratores. Além disso, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) também está promovendo ações integradas de combate à embriaguez no volante. 

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais