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Bombeiros do ES que foram a Brumadinho serão monitorados por 20 anos

Bombeiros do ES que foram a Brumadinho serão monitorados por 20 anos

Oito bombeiros militares e os três cachorros que ajudaram nos resgastes em Brumadinho passam por exames específicos para metais pesados

Publicado em 18 de fevereiro de 2019 às 19:54

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Bombeiros do Sul do estado contam como foi a experiência de atuar na tragédia de Brumadinho. (Divulgação | Corpo de Bombeiros)

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (18) que vai acompanhar por 20 anos a saúde de mais de mil profissionais que trabalharam no resgate das vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, Minas Gerais. A avalanche de lama de rejeitos de minério espalhou uma mistura tóxica de água, areia e metais pesados, como ferro, mercúrio, chumbo, níquel, cádmio e zinco.

A tropa capixaba que auxiliou nos resgates, composta por oito bombeiros militares e três cachorros, também está passando por esse monitoramento que, segundo o coronel Leonardo Meriguetti, dos Bombeiros do Espírito Santo, acontece desde que os oficiais começaram a atuar em Brumadinho.

“Desde quando eles chegaram em Brumadinho começou esse trabalho, tanto com bombeiros quanto os cães. Foram feitos exames diários, receberam medicamentos de forma preventiva. Logo após o retorno, houve uma orientação de que eles continuassem o monitoramento. Então, eles já passaram pelo hospital e estão sendo acompanhados pelas equipe médicas daqui”, descreve o coronel.

Apesar desses “check-ups” serem parte da rotina dos bombeiros, após atuarem por dias em uma área com exposição a metais pesados, o cuidado fica redobrado.

“O monitoramento da saúde humana e canina é feito com muito rigor. Já fizemos exames e até agora não mostra nada. O contágio por metais pesados é uma preocupação, mas é um risco que a gente admite ao expor a nossa vida para salvar outras vidas. Nosso mergulhadores sempre passam por exames peculiares para a área de deles. Mas, neste caso, além destes, eles também estão passando por exames específicos para metais pesados”, explica.

No comunicado publicado no perfil oficial do Twitter do Ministério da Saúde, a pasta informou que profissionais de organizações como os Bombeiros, Força Nacional de Segurança, Defesa Civil e Ibama farão parte de um estudo que irá avaliar doenças relacionadas ao desastre, como a contaminação por metais pesados e leptospirose. A ação terá a colaboração de pesquisadores de instituições como a Fiocruz, as universidades federais de Minas Gerais e Rio de Janeiro e do Médicos Sem Fronteiras Brasil.

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