> >
Barragem de Duas Bocas não tem risco imediato, diz governo do ES

Barragem de Duas Bocas não tem risco imediato, diz governo do ES

A represa, que fica em Cariacica, foi apontada pelo relatório da Agência Nacional de Águas (ANA) como uma das três no Estado com comprometimentos estruturais.

Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 01:04

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Governo faz vistoria na barragem de Duas Bocas, em Cariacica. . (Ademir Ribeiro/ Secom)

A força-tarefa criada pelo governo do Estado para acirrar a fiscalização das barragens do Espírito Santo realizou a primeira vistoria nesta terça-feira (29), na barragem de Duas Bocas, em Cariacica. Segundo informações preliminares da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), a estrutura não apresenta risco iminente.

A barragem de Duas Bocas foi apontada pelo relatório da Agência Nacional de Águas (ANA) como uma das três no Estado onde foram identificados comprometimentos estruturais.

Segundo a nota enviada pela agência, a represa, que tem capacidade para armazenar cerca de 20 milhões de litros, está operando com medidas de segurança para evitar vazamentos. Isso significa que ela está com o volume reduzido.

A avaliação foi feita por equipes da Agerh, do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).

Os técnicos dos órgãos passaram cerca de três horas no local. Na vistoria foram verificadas as condições do terreno e do barramento. Uma nota técnica será emitida nos próximos dias.

Governo faz vistoria na barragem de Duas Bocas, em Cariacica. . (Ademir Ribeiro/ Secom)

ANTIGA

Segundo a Agerh, o maior problema na represa de Duas Bocas está na idade da construção, que já tem quase 70 anos. Apesar de não ter um espelho d’água tão amplo, ela acumula um volume muito grande.

“Tem profundidade ali de cerca de 30 a 50 metros. Então é uma massa de água que faz uma pressão e uma força muito grande na forma de barramento”, esclareceu o diretor da Agerh, Fábio Ahnert.

Por conta disso, a estrutura precisa ser acompanhada para ver se está em condições de suportar essa pressão. Também será monitorado o nível da água: se tiver muito alto, a pressão sobre a estrutura é maior e ela pode precisar ser esvaziada.

Durante muitos anos, a barragem de Duas Bocas possibilitou o abastecimento de água à população residente em Vitória e, atualmente, ela tem o objetivo de acumular água para o abastecimento de parte do município de Cariacica.

Barragem de Alto Santa Jlia . (Tv gazeta)

OUTRAS

As outras duas barragens apontado como sendo de risco pelo relatório da ANA ficam em São Roque do Canaã. Nesse caso, são represas inauguradas recentemente, mas que tiveram problemas desde o período da construção.

“Houve vazamento e comprometimento da estrutura do maciço das barragens”, explicou o diretor do órgão, Fábio Ahnert.

Esses problemas comprometem tanto o armazenamento de água quanto estrutura do talude (inclinação no terreno que dá sustentação ao solo) da barragem.

Ainda de acordo com a Agerh, a empresa havia se comprometido a fazer as adequações mas, nas vistorias que a agência realizou recentemente, ainda está sendo detectado algum tipo de vazamento de água. “Toda vez que tem fuga de água não esperada isso já chama a atenção para um potencial de risco. Se está fugindo água pela estrutura principal, significa que ela precisa receber adequações. Senão, ao longo do tempo pode ter risco de romper”, disse Ahnert.

Este vídeo pode te interessar

A represa de Santa Júlia, tem capacidade de armazenar 130 milhões de litros de água. Ela e a estrutura e Alto Santa Júlia serão vistoriadas ainda esta semana pela força-tarefa criada pelo governo do Estado.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais