Publicado em 24 de novembro de 2019 às 10:57
- Atualizado há 6 anos
Uma saga que começou em 2014 ganha contornos finais, com o término das obras de ampliação de uma das mais importantes vias da Capital. >
Prazos que se estendem desde 2014, uma sequência de fatos que tentam justificar os atrasos, impactos no comércio ao redor e um enredo que tem como personagens principais o governo do Estado e a esperança do cidadão em usufruir de melhorias na mobilidade urbana na capital do Espírito Santo. As obras de modernização e ampliação da Avenida Leitão da Silva, devem ser entregues nos próximos dias, dando um desfecho feliz a uma novela que se estende há mais de cinco anos.>
Quem passa agora pelos quase 3 quilômetros da via com seis pistas (três de cada lado), ciclovia central sinalizada e comércio movimentado respira aliviado por poder, finalmente, usufruir de uma das mais importantes vias da Capital depois de viver uma novela com contornos dramáticos e que parecia interminável.>
De responsabilidade do Departamento de Estradas e Rodagem do Espírito Santo (DER-ES), a primeira promessa referente à avenida foi em 2014, ano de início dos trabalhos. Na época, o prazo dado para o término das intervenções seria meados de 2015.>
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A partir daí, a população passou a acompanhar, capítulo após capítulo, uma série de promessas e suas justificativas. Obra complexa, revisão do projeto original com o aumento de galerias para evitar os históricos alagamentos, reestruturação no sistema de saneamento, impasses entre administrações municipal e estadual entram na lista de explicações para o adiamento da entrega.>
Com isso, as datas para o fim da saga Leitão da Silva se acumularam durante os últimos anos: foram pelo menos oito prazos dados. E frustados. Em abril deste ano, as obras começaram, finalmente, a ganhar mais fôlego e entrar na reta final, com a liberação do primeiro trecho no bairro Itararé, entre a Rua Dona Maria Rosa e a Rua das Palmeiras.>
No início deste mês, o governador Renato Casagrande foi às redes sociais dar o tão esperado anúncio: a avenida seria inaugurada em 24 de novembro. No entanto, desta vez, foram as chuvas que impediram que a data fosse cumprida. “A cidade já superou a média mensal de chuvas, e já pudemos observar que os trabalhos de macrodrenagem na via obtiveram o sucesso já esperado, mas para conclusão das finalizações das obras, a empresa contratada precisa de alguns dias de tempo seco”, informou o DER por meio de nota.>
O atraso nas obras gerou um prejuízo enorme ao comércio da região, que abrange bairros como Andorinhas, Itararé, Gurigica, Santa Lúcia, São Benedito, Praia do Suá e Bento Ferreira. Nos últimos anos, 42 lojas foram fechadas e mais de 200 funcionários foram demitidos devido à queda de movimentação de clientes após o início das obras.>
Agora, com a finalização da ampliação e modernização da Avenida, os comerciantes estão otimistas com a volta da movimentação de clientes. Segundo Wellington Gonçalves das Santos, Presidente da Associação das Empresas da Avenida Leitão da Silva, seis novos empreendimentos foram abertos nos últimos cinco meses.>
“Com a liberação da via e com os ônibus passando no local, os comerciantes estão mais animados. Estabelecimentos como padaria, outlet, lojas de móveis, dentre outros foram abertos e a expectativa é ainda maior para os próximos meses”, destaca.>
Faltando retoques finais, a população também não vê a hora de a avenida estar 100% pronta. “Que bom. Demorou, mas terminou. Vai melhorar para todos”, afirmou Adriano Sante Nascimento.>
R$ 115 milhões
Esse é o custo final da obra de ampliação e de modernização da avenida. O orçamento inicial, em 2014, era de R$ 50 milhões
70% do investimento em galerias
Grande parte do custo da reforma da Leitão da Silva foi para macrodrenagem, totalizando 5 km de galerias
42 lojas fechadas
Durante as obras, o comércio foi o mais afetado, obrigando empresários a fecharem as portas. Agora, lojas voltam a abrir na avenida
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