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Publicado em 24 de maio de 2023 às 19:39
Um levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, apontou que o Espírito Santo está entre os 13 Estados onde houve maior número de internações de crianças por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). >
A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 8 de maio, sendo referente à Semana Epidemiológica (SE) 18, de 30 de abril a 6 de maio. Os resultados apontam que na população adulta predominam casos de Covid-19, mas em queda. . Em contrapartida, mantém-se sinal de aumento nos casos associados ao vírus influenza A e B.>
Segundo a entidade, entre as crianças pequenas, permanece o predomínio de casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o que mantém o número de novas internações em patamares elevados nesse público. >
Dados da Fiocruz apontam crescimento nos casos nas últimas seis semanas, principalmente em crianças com menos de 2 anos e idosos com mais de 65 anos. Em todo o ano, foram 436 casos nos menores de 2 anos e 166 nos maiores de 65 anos. No total, foram 888 casos de SRAG neste ano. >
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“Nas crianças, o aumento está associado ao vírus sincicial respiratório, fundamentalmente, enquanto o aumento no restante da população é devido majoritariamente à Covid-19. No entanto, observam-se tendências distintas entre os vírus associados aos casos em adultos. Enquanto os casos associados à Covid-19 sugerem desaceleração, para os vírus influenza A e B, há indício de aumento recente em diversos desses Estados”, afirma o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.>
A referência técnica estadual para Influenza e Meningites do Programa Estadual de Imunizações e Imunopreveníveis da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Mariana Ribeiro Macedo, confirmou que o Estado tem observado um aumento no número de internações nos últimos meses, principalmente nos extremos das faixas etárias, ou seja, nas crianças com menos de 4 anos e idosos com mais de 65 anos, mais suscetíveis à doença, com letalidade maior nessas idades. Segundo ela, a área onde os casos mais se concentram é na Região Metropolitana. >
Ela explica que o diagnóstico das infecções pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é feito de forma diferencial em cima dos casos de pacientes que são internados com quadro de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). É feita coleta de amostra e o exame desses pacientes é encaminhado ao Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen), que identifica casos de Covid, influenza ou se é outro vírus. Também são feitos exames em amostras aleatórias para entender os vírus em circulação. >
Na Grande Vitória, as prefeituras registraram aumento no atendimento de casos de síndromes respiratórios no último mês de abril, ao comparar com os primeiros meses do ano.>
Cariacica registrou aumento de atendimento por síndromes gripais, principalmente em crianças de até 10 anos. Em abril, foram 593 atendimentos nessa faixa etária, três vezes mais que o número de janeiro, quando o município atendeu 186 crianças. Já entre adolescentes de 11 a 19 anos, foram 233 atendimentos em abril contra 61 em janeiro. >
Em Vila Velha, a prefeitura confirmou ter percebido um aumento na procura por sintomas gripais desde março deste ano, principalmente em crianças. E ressaltou ainda que há uma confluência de várias doenças ao mesmo tempo: viroses causando sintomas respiratórios; dengue; influenza e Covid. Mas não informou dados de atendimentos.>
Por outro lado, a Secretaria de Saúde da Serra informa que não registrou aumento significativo de atendimentos a crianças com sintomas de gripes e infecções respiratórias em suas três Unidades de Pronto Atendimento. >
"É importante salientar o caráter sazonal de tais atendimentos e a ampliação no público vacinal que recebe doses contra a gripe no país. Nas últimas semanas, período após as mudanças no público da vacina, houve estabilização desses casos, chegando a diminuir em algumas das unidades", frisa a secretaria.>
Em Vitória, a Secretaria de Saúde informa que não houve aumento nas notificações de pessoas com sintomas gripais nas últimas oito semanas epidemiológicas. Segue dentro do esperado para o período de sazonalidade.>
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