Vídeos gravados na noite de sábado (13), em Muqui, no Sul do Espírito Santo, circularam nas redes sociais. As imagens mostram um homem em cima de um caminhão-pipa jogando água na rua com uma mangueira, enquanto pessoas correm, próximo à praça no Centro da cidade.
Na descrição do vídeo, a informação é de que a água estaria sendo usada para dispersar as pessoas aglomeradas na praça e nas ruas e que, após o uso do caminhão-pipa, a Polícia Militar também esteve no local.
No entanto, o secretário de Administração e Finanças de Muqui, Claudiomar Barbosa, explicou que a água estava sendo utilizada para lavar a rua e não para retirar o público do local.
“A água foi para lavar a rua e algumas pessoas acabaram indo em direção à mangueira. O caminhão já estava estacionado ali porque naquele setor de Muqui tem o comércio que funciona no domingo até meio-dia e não ia dar para lavar pela manhã”, explicou o secretário.
Claudiomar disse ainda que, como os bares e restaurantes estão ficando abertos até as 23h, a equipe do caminhão-pipa só iniciou a limpeza das ruas após o fim do atendimento nos estabelecimentos.
“Quando deu 23h, que é a hora de fechar, demos mais um prazo para as pessoas que estavam sendo atendidas e, quase meia-noite, é que começou a limpeza da rua. A dispersão foi com a Polícia Militar”, finalizou o secretário.
Em Muqui, a prefeitura decretou no dia 28 de janeiro deste ano, a proibição de festas ou eventos comemorativos de carnaval, no período de 05 a 16 de fevereiro de 2021. A decisão, válida independente da classificação do município no Mapa de Risco do governo do Estado sobre a transmissão da Covid-19, prevê ainda que, entre os dias 13 e 16 de fevereiro, é permitido o funcionamento de bares, restaurantes e lanchonetes com o horário de funcionamento limitado das 08h às 23h.
O Carnaval de Muqui é conhecido pelos desfiles do bois pintadinhos e é realizado há cerca de 50 anos com a presença de milhares de turistas. São mais de 20 grupos tradicionais que participam da data festiva no município. Porém, devido à pandemia, a festividade foi cancelada.
Sobre a atuação da Polícia Militar na dispersão das pessoas que estavam aglomeradas, a assessoria informou que "em caso de situações de flagrante de aglomeração, os cidadãos são orientados sobre as medidas de prevenção à pandemia da Covid-19, como afastamento social e uso de máscaras e destacou não é possível impedir a presença das pessoas nas ruas, mas havendo insistência e desobediência, as equipes policiais, com o uso progressivo da força, faz a dispersão dos indivíduos que estiverem aglomerados."
A polícia completou que "cabe à população se conscientizar e respeitar os protocolos de enfrentamento à pandemia da Covid-19. Caso haja alteração das medidas restritivas, a PMES irá atuar de acordo com a legislação vigente, prestando apoio aos órgãos municipais na fiscalização. As ações de combate ao descumprimento dos decretos são feitas em cima do mapa de denúncias que chegam ao Ciodes 190 e ao Disque-Denúncia 181, em parceria com o Corpo de Bombeiros e Guardas Municipais."
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta