Publicado em 14 de março de 2022 às 07:14
A postura de um pediatra da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Riviera da Barra, em Vila Velha, indignou o pintor Vander Fernandes, que levou a filha, uma criança, para ser atendida no local na noite de sábado (12). O médico teria dito ao pai da garota que ele “só estava ali porque era de graça”. A Secretaria Municipal de Saúde dispensou o profissional, identificado como Alberto Chamovitz, que não será mais autorizado a prestar atendimento nas unidades públicas da cidade. >
"Quando eu falei que ela não teve febre, ele disse que eu estava de brincadeira, que isso era coisa de ser tratada em casa, com água e sal, e que eu só estava lá porque era gratuito. Eu ainda perguntei se ele nem faria exame na garganta da criança", lembrou Vander, em entrevista para a TV Gazeta. >
Após a declaração do médico, conforme o relato de Vander, o pai começou a registrar uma denúncia em vídeo, e, ao perceber a gravação, o médico tentou derrubar o celular usado na filmagem. A criança, que assistia a tudo, começou a gritar e chorar. "É um mau profissional por falar que eu só trouxe minha filha aqui porque aqui é de graça", acusou o pintor. >
Em nota, a Secretaria de Saúde de Vila Velha informou que “a criança foi atendida e medicada por outro médico pediatra de plantão e seguirá sob cuidados com consulta de retorno já devidamente marcada. Tanto o pai quanto a filha foram acolhidos pelo serviço social e a queixa foi recebida.”>
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A pasta destacou ainda que "a conduta do médico Alberto Chamovitz não representa a gestão de saúde do município, profissionalizada e humanizada a partir do ano passado e, por isso, ele não atenderá mais na UPA de Riviera da Barra e em nenhuma outra unidade pública municipal. A empresa contratada para administrar a UPA já foi comunicada".>
O médico, por sua vez, informou que já acionou um advogado. "Logo que possível entrarei em contato através do mesmo. Tudo será conduzido seguindo os trâmites legais".>
O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) também foi procurado pela reportagem, mas informou que somente se pronuncia sobre casos que são, oficialmente, denunciados à autarquia e depois que sejam feitos todos os procedimentos legais". >
“Todo paciente tem direito a fazer a denúncia, que será submetida à sindicância e, em caso de indícios de infração ética, a processo ético-profissional. O profissional denunciado tem garantido o direito a ampla defesa”, ressalta a entidade, também em nota.>
Já a Polícia Civil do Espírito Santo (PC-ES) informou que, até a tarde deste domingo (13), nenhuma ocorrência com essas características havia entregue na Delegacia Regional de Vila Velha, e explicou que para haver investigação criminal é necessário que a vítima registre o boletim de ocorrência.>
Após Vander publicar os vídeos nas redes sociais, mais pessoas relataram terem passado por situações parecidas com o mesmo médico. Milena, mãe de uma criança de 2 anos, contou à reportagem da TV Gazeta que viveu um constrangimento durante uma consulta com o profissional. Ela só conseguiu levar o bebê à noite na UPA, quando saiu do trabalho, e ouviu do médico que aquela hora não era hora de criança passar mal. >
"Aí eu falei com ele que não sabia que tinha horário para criança passar mal e, muito menos, para fazer exame num Pronto Atendimento 24 horas.", relatou.>
Milena ainda disse que, assim como foi mostrado no vídeo de Vander, o médico não usava máscara durante o atendimento à filha dela. "O tempo todo, quando eu entrei na sala, ele sem máscara." >
Com informações da TV Gazeta>
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