Publicado em 28 de dezembro de 2019 às 22:00
FOLHAPRESS - O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária liberou 36 novos agrotóxicos para uso no Brasil, nesta sexta-feira. Ao todo, em 2019, foram registrados 474 produtos, a maior quantidade dos últimos 14 anos. >
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 94,5% de todos os agrotóxicos registrados neste ano são genéricos, ou seja, utilizam ingredientes que já eram comercializados no país em outros produtos. >
"O objetivo da aprovação de produtos genéricos é aumentar a concorrência no mercado e diminuir o preço dos defensivos, o que faz cair o custo de produção", diz o órgão. >
Dentre os 36 agrotóxicos liberados, quatro são orgânicos ou biológicos. Na prática, isso quer dizer que estes produtos podem ser utilizados tanto na agricultura orgânica quanto na tradicional. >
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Com esses quatro produtos, chega a 40 o número de agrotóxicos orgânicos ou biológicos. >
O ministério afirma que a alta de registros em 2019 se deve à "medidas desburocratizantes" que aceleraram a fila de pedidos de registro. Para o órgão, a liberação dos novos produtos aumentou a produtividade do ministério, bem como da Anvisa e do Ibama - que também são responsáveis por analisar os pedidos. >
Ainda segundo o ministério, além de acelerar a fila de análise de registros, também era objetivo do órgão aprovar novas moléculas que seriam menos tóxicas. Entretanto, as duas novas moléculas liberadas nesta sexta e citadas pelo órgão em nota, (Florpirauxifen-benzil e Fluopiram) são classificadas pela Anvisa como medianamente tóxicas. >
Em setembro, a Folha de S.Paulo comparou 96 ingredientes ativos que compõem os agrotóxicos liberados no Brasil até o dia 19 daquele mês. O levantamento revelou que 28 dos 96 ingredientes são barrados na União Europeia, 36 na Austrália, 30 na Índia e 18 no Canadá.>
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