Publicado em 4 de janeiro de 2020 às 18:37
Apontado pela polícia como um dos autores do atentado à sede do Porta dos Fundos, Eduardo Falzi Richard Cerquise, 41, assumiu a autoria do ataque e afirmou que pretende pedir asilo na Rússia, para onde viajou um dia antes da tentativa de sua prisão, no dia 31 de dezembro.>
Em entrevista ao "Projeto Colabora", ele disse que o ataque não teve motivação política e que a reivindicação da autoria por um "Comando de Insurgência Popular da Grande Família Integralista Brasileira" foi uma estratégia de marketing "abusada de elementos de pastiche". >
Falzi foi identificado pela polícia por meio de imagens de câmeras de segurança, em que ele aparece desembarcando de um dos veículos usados pelos criminosos em Botafogo, bairro vizinho a Humaitá, onde fica a sede da produtora.>
O grupo jogou dois coquetéis molotov na entrada da sede da produtora na véspera do Natal. O fogo foi apagado por um segurança e ninguém ficou ferido. O ataque foi uma retaliação à presença de um Jesus gay no especial de Natal do Porta dos Fundos.>
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Na entrevista, Falzi minimizou o ataque dizendo que um "foguinho de merda numa parede de vidro" é uma ofensa menor do que a "violência simbólica" promovida pelo especial. Ele defendeu ainda que, se as autoridades são coniventes, "não resta outra forma do que responder com as próprias mãos".>
Falzi diz que foi avisado do mandado de prisão a tempo de fugir do país --não explica, porém, como isso ocorreu. Ele tem uma namorada e um filho na Rússia. "Eu sou o candidato típico [a receber asilo]. Mas a decisão é política. Se não houver interesse político, eles não me asilam.>
"Ele negou ter envolvimento com milícias e disse que suas anotações criminais "são de baixo potencial ofensivo". "Eu sou uma pessoa combativa e trabalhando na defesa das classes populares pela dignidade do seu direito de trabalho; é inevitável que ocorram enfrentamentos de rua que acabem na esfera policial.">
Falzi foi condenado e preso por agressão, em 2013, ao então secretário de Ordem Pública, Alex Costa, durante operação para fechar estacionamentos irregulares no centro do Rio. Ele foi acusado também de agressão à ex-mulher. Na entrevista, diz que a vítima retirou a queixa e o caso não evoluiu para processo judicial.>
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