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Caê Guimarães deve lançar livro vencedor do Prêmio Sesc em novembro

Caê Guimarães deve lançar livro vencedor do Prêmio Sesc em novembro

A obra “Encontro você no Oitavo Round” venceu a categoria romance do Prêmio Sesc de Literatura e será publicada pela editora Record

Publicado em 23 de junho de 2020 às 16:00

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Caê Guimarães
Escritor e jornalista Caê Guimarães, ganhador do Prêmio Sesc de Literatura na categoria romance em 2020. . ( Fabrício Zucoloto)

Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura  na categoria romance, o escritor radicado no Espírito Santo Caê Guimarães terá seu livro "Encontro Você no Oitavo Round” publicado pela editora Record e ainda fará uma turnê nacional de lançamento no circuito da organização. O jornalista e autor é carioca, mas cresceu no Espírito Santo, e trouxe essa vitória para a produção literária desenvolvida no Estado. 

"A notícia veio como um alento. Para mim, foi motivo de tremenda alegria, mas acredito que também para a cultura e a arte do Espírito Santo de uma forma geral", pontuou Caê sobre a vitória, em entrevista à rádio CBN, na manhã da terça-feira (23). 

Na obra, o escritor narra em primeira pessoa a história do protagonista Cristiano Machado Amoroso, um pugilista decadente, que recebe o convite para vender o resultado de sua última luta. Próximo de completar 40 anos de idade, um zumbido na mente de Machado sobre sua carreira anterior passa a atormentá-lo e uma jornalista surge para questioná-lo sobre a sua trajetória, gerando ainda mais inquietações sobre o passado.

Caê Guimarães  contou à rádio que o lançamento está previsto para novembro, tendo a expectativa de que ele seja feito na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Durante a entrevista, ele acrescentou ainda que a possibilidade de conhecer outras praças, seu público e sua forma de fazer literatura é de grande potência. 

O romance que levou o autor a conquistar o prêmio reconhecido nacionalmente foi o primeiro dentre as suas produções literárias, que contam com livros de poesias, como “Por baixo da pele fria” (1997); “Quando o dia Nasce Sujo” (2006) e “Vácuo” (2015). Além da área poética, Guimarães também já havia trabalhado com narrativas de contos e crônicas antes de produzir o romance de estreia.

Guimarães explica que produzir esse tipo literário foi um processo de descoberta. “Há uns anos, conversando com o escritor santista Manoel Herzog, ouvi dele a seguinte frase: ‘quando terminar seu primeiro romance, você vai entender que descobriu a sua forma de fazer um’. Concordo com ele”, comenta o autor.

Caê também aponta que o livro demandou bastante pesquisa, apesar de ter sido ambientado no pugilismo, esporte que seu avô praticava e em que ele próprio se aventura de vez em quando. “Existe uma carga dramática, e outra social, muito interessantes e intensas no pugilismo para um ficcionista”, reflete o autor sobre a temática escolhida para a obra.

Nas referências vivenciadas pelo escritor e transpostas para a obra, estão também seus anos sendo morador do Espírito Santo. “Apesar de não citar as cidades onde a trama se desenrola, fica evidente para o leitor algumas referências, como o apito e o cheiro da fábrica de chocolates, a ponte sobre a baía, o antigo teatro demolido para erguerem nos escombros um prédio da receita federal”, pontua Guimarães.

O CONCURSO

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O concurso literário Prêmio SESC de Literatura, que já existe há 17 anos, ocorreu de forma totalmente digital. Caê Guimarães explicou em entrevista à rádio CBN que as obras foram enviadas digitalmente, assim como as informações dos participantes. “Esse sistema é muito isento, é muito seguro”, ressalta o autor sobre a forma que ocorre a escolha dos premiados.

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