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3030 aposta no rap acústico com novo EP e música com MC Rebecca

3030 aposta no rap acústico com novo EP e música com MC Rebecca

Grupo de rap se firma com versões acústicas das próprias músicas, investe em clipes e ainda grava single "Vem Mulher", fruto de parceria com a funkeira MC Rebecca

Publicado em 20 de setembro de 2019 às 12:19

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Não é de hoje que o 3030, considerado um dos maiores grupos de rap de hoje em dia, aposta no gênero em versão acústica. Isso eles já fazem desde 2014, quando lançaram dois singles em clipes que estouraram na web. A novidade é que agora eles não só se firmaram ainda mais nos elementos dos novos sons como expandiram os horizontes até enxergarem MC Rebecca - figurinha conhecida do universo do funk - para incrementar os hits que prometem ser a febre dos próximos meses.

"Lançamos 'Tropicália Sunset', um EP que já traz uma série de acústicos, até com músicas inéditas. Estamos apostando mais no visual do clipe, no acústico mesmo, explorando a individualidade dos sons e a parceria com a MC Rebecca veio em uma ótima hora, porque estamos nesse 10º ano carreira com novas propostas", resume Bruno Chelles, um componente do trio que compõe o 3030 (os outros dois são Lk e Rod).

A parceria com MC Rebecca, que é agenciada pelo mesmo escritório que 3030, rendeu "Vem Mulher", single que vai ao ar nas plataformas digitais nesta sexta-feira (20). A música traz o empoderamento feminino na letra e narra um pedido de respeito em prol da mulher.

Em entrevista à Gazeta, o músico destaca que todo esse movimento nas composições já vem desde a época em que eles viram que o acústico no rap funcionava, mas que cada música é um termômetro para saber como o público está recebendo as novidades. "Temos tido respostas muito boas e levamos muito em conta o que as pessoas estão falando. Cumprimos um papel de crítica social, é claro, mas transmitimos mensagens do que sentimos a cada época e agora é hora de atingir novos públicos, mais gente e fidelizar ainda mais quem nos escuta", fala.

Bruno Chelles, Lk e Rod: o grupo de rap 3030. (ONErpm/Divulgação)

Como foi o processo de produção do "Tropicália Sunset"?

A gente agora resolveu desenvolver esse projeto, que é uma série de acústicos, de músicas do 'Tropicália' (álbum anterior) e músicas inéditas. E aí, a gente gravou tudo e acabamos de lançar o primeiro bloco. Gravamos em um lugar com uma vista especial e tudo o mais, o resultado ficou bem satisfatório.

Já é o segundo acústico de vocês, certo?

Na verdade, a gente já lançou alguns projetos acústicos. O primeiro foi em 2014, que é um vídeo com duas músicas. A gente começou naquela época a cantar no acústico e o nosso público abraçou muito a ideia. Foi uma parada que fez muito sucesso.

O acústico não é ousadia para o rap?

Depois que a gente fez esse trabalho, em 2014, vieram vários outros grupos fazendo nesse formato. A gente lançou e lembro que, em seguida, teve um grupo que lançou também. Hoje em dia, virou tendência. Por isso que a gente continua fazendo e sempre tenta fazer algo diferenciado nas produções e nas filmagens, também.

Qual é o próximo passo nesse processo de inovação contínuo?

Chega uma hora que a gente sempre quer fazer algo diferente, né? (Risos). O próprio 'Tropicália Sunset' já veio com essa proposta de fugir dessa parada que a gente já fazia, foi tipo uma quebra de sonoridade. E até por isso a gente quis batizar com esse nome, que traz referência a uma brasilidade, um momento de mesclas de sons.

Quebra de sonoridade...?

É. Lançamos três discos. E eles tinham em comum falar mais de mensagens espirituais, um conceito diferente, com uma linguagem mais instrumental, mais orgânico. Agora, a gente resolveu apostar nesses tons mais com cara do trap, que é uma tendência que está rolando lá fora, mesclando timbres e tudo o mais.

O rap cumpre esse papel de levar mensagens à sociedade. Qual tem sido a mensagem de vocês nesses 10 anos de carreira, oficialmente?

Tem 10 anos que a gente se juntou. A formação atual mesmo é desde 2011. A gente gosta de passar essa mensagem de paz, de coisas produtivas, de passar o que estamos sentindo naquele momento. Se for uma coisa mais profunda, mais espiritual, também está valendo. Até porque a gente acredita nisso. Muita gente nova que escuta a gente pensa no que a gente está falando e a gente leva isso em consideração. Lógico que fazemos críticas sociais, também. Isso é muito importante. Rap é isso.

E a música com a MC Rebecca? Como aconteceu, como foi a experiência...?

Desde o início do 3030, a gente tinha a ideia de fazer algo diferente. Logo pensamos que queríamos fazer um rap com cara de Brasil, então veio à mente o funk. Quando conhecemos a Rebecca, por meio do nosso escritório que é o mesmo que o dela, a gente logo se identificou. Gostamos muito dela e foi algo natural. Estávamos já fazendo uma música e propusemos a ela a participação. Conversamos, ela gostou, e estamos muito empolgados para ver como será a reação do público.

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(Felipe Braga)

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