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20 filmes capixabas para assistir na internet durante a quarentena

20 filmes capixabas para assistir na internet durante a quarentena

Entre as obras, temos histórias sobre cidades capixabas, seus folclores e ficções com bastante personalidade. Destaque para dois belos trabalhos de Saskia Sá: "Exílio" e "Rio das Lágrimas Secas"

Publicado em 30 de março de 2020 às 15:00

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Cena do curta-metragem capixaba
Cena do curta-metragem capixaba "Das Águas que Passam". (Divulgação)

Em épocas de confinamento social, por conta do avanço do coronavírus no Espírito Santo, uma ótima pedida é curtir filmes e vídeos pelo serviço de streaming. Se for de graça, então, você só vai ter o trabalho de preparar a pipoca.

A Secretaria de Cultura do Estado (Secult/ES) preparou uma lista com alguns curtas-metragens disponíveis online gratuitamente e que participaram de editais promovidos pelo Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura).  A seleção conta com projetos rodados em todas as regiões do Estado. São títulos de ficção e documentário, com variadas estéticas narrativas e técnicas.

A Secult promete atualizar a lista à medida que mais filmes forem disponibilizados. Dos selecionados, destaques para dois belos trabalhos de Saskia Sá: "Exílio" e "Rio das Lágrimas Secas". O último faz um duro retrato sobre a destruição do Rio Doce após o rompimento da barragem de Mariana (MG), em 2015. 

Também não deixe de conferir "Pedras Pretas – Itaúnas de São Sebastião", lírico exercício de memória proposto por Marcos Valério Guimarães, e "Avenca", do sempre criativo Erly Vieira Jr. "Das Águas que Passam", de Diego Zon, que também faz um resgate sobre a situação do Rio Doce após a tragédia de Mariana, foi selecionado para o Festival de Berlim.

3331 (2011)

Trinta e três trinta e um (3331) trata da trajetória de Nego Véio, homem favelado, desempregado, em crise conjugal. No espaço de tempo que vai da véspera de um jogo de final da Copa do Mundo até o dia seguinte, o protagonista, acompanhado do companheiro Maluco, circula entre os bares da favela - onde bebe fiado e comenta os jogos. Tendo também como cenários sua casa e as ruas da comunidade, a narrativa se desdobra na encruzilhada que pode ser um marco fundamental de seu destino. De Jorge Luiz do Nascimento.

Água Viva (2018)

Mulheres de uma turma de hidroginástica comunitária conversam submersas sobre questões femininas da terceira idade. Maternidade, trabalho e aposentadoria são alguns temas abordados durante o curta-metragem. De Bárbara Ribeiro.

Avenca (2009)

Pé de pitanga é danado pra dar marimbondo. Avenca só dá em casa de gente feliz. O filme foi contemplado pela Secult em 2008 e selecionado para o festival de Tiradentes (2010). De Erly Vieira Jr.

Burunga, o Homem da Mulher de Pau (2016)

Uma comunidade ribeirinha tradicional do interior do Espírito Santo. Uma criatura muito estranha socialmente marginalizada. Relações de intolerância humana às diferenças e algumas pitadas de amor e insanidade. Burunga, o Homem da Mulher de Pau, é um curta que vai da tragédia à comédia, trazendo à flor da pele profundas relações humanas. De Oscar Ferreira.

C(elas) (2017)

Como vivem as presas do alojamento materno-infantil da penitenciária feminina de Cariacica, no Espírito Santo, a única do estado com estrutura para grávidas e mães com filhos recém-nascidos? O minidoc de Gabriela Santos Alves mostra o dilema entre ficar com a criança e depois vê-la sofrer com o rompimento imposto e mandá-la para familiares logo após o nascimento. De Gabriela Santos Alves.

Das Águas que Passam (2016)

A imensidão do homem é um lugar suspenso no tempo, margeado por céu, terra, rio e mar. Das águas que passam é um filme de memória. Rodado na foz do Rio Doce meses antes de ocorrer o rompimento da barragem de rejeitos de mineração e este ser devastado pela lama tóxica, um dos maiores impactos ambientais da história brasileira. De Diego Zon.

Entreturnos (2014)

Beto (Paulo Roque) é um cobrador de ônibus casado com Gilda (Janaína Kremer), que anseia ter um filho. Quando Beto se aproxima de Leia (Lorena Lima), dona do bar que ele frequenta, conhece Valcir (Luis Miranda), um estrangeiro recém-chegado na cidade que vai completar o triângulo amoroso que resulta numa gravidez. Em meio às dificuldades em lidar com esta situação, os personagens circulam pela cidade e descobrem mais sobre si mesmos, enquanto aprendem a enfrentar seus conflitos pessoais. De Edson Ferreira.

Exílio (2015)

Uma mulher… Um Exílio… A areia dos sonhos… Um filme abismo. Exílio é conduzido através de imagens do desterro voluntário da Mulher, presa em um não-lugar entre as suas lembranças, o presente árido e um futuro incerto. Ela segue cega ao mundo que a circunda e entregue aos caminhos que surgem sem possibilidade de escolha, sendo assim, escolhida por eles. De Saskia Sá.

Labor (2017)

À frente de uma fábrica familiar centenária, Fábio trabalha duro enquanto projeta seus sonhos numa espécie de mundo paralelo. De Thiago Moulin.

Locus (2011)

O documentário Locus aborda a convivência com personagens considerados loucos em uma pequena cidade no interior do Espírito Santo. De Klaus'Berg.

O que Bererico vai Pensar? (2015)

Uma briga de famílias na vila de Burarama, no interior do Espírito Santo, serve de pano de fundo para um registro dos reflexos da "Acção Integralista Brasileira", mostrando a influência dos regimes totalitários pelo mundo e dos ecos dessas ideologias em lugares remotos. O filme rodou festivais de cinema pelo Brasil e em canais públicos latino-americanos com o incentivo do programa do Curtadoc América Latina. De Diego Scarparo.

Os Lados da Rua (2012)

"Carrão" é um garoto que, apesar de seu comportamento excêntrico, vive livremente o ritmo de vida de uma típica cidade de interior. Ao ser surpreendido por um acontecimento que ameaça destruir seu mundo particular, precisará encontrar um caminho que o liberte novamente. De Diego Zon.

Pedras Pretas – Itaúnas de São Sebastião (2012)

A festa de São Benedito e São Sebastião, em Itaúnas, norte do E.S., é o momento principal do folclore da região. Expressão de uma forma histórica de vida, marcada por escravidão, tragédia ecológica e a modernidade industrial do eucalipto e do álcool, o folclore é também uma forma de exercício político, o direito à vida e o bem simbólico maior. De Marcos Valério Guimarães.

Procurando Madalena (2009)

A origem da toada “Madalena”, eternizada na voz de Martinho da Vila e de diversas bandas de congo do Espírito Santo, é investigada de maneira bem humorada neste documentário. De Ricardo Sá.

Recomendação de Almas (2009)

Uma manifestação cultural/religiosa que se perdeu no tempo, mas que continua viva na memória de alguns habitantes do distrito de Piaçu, município de Muniz Freire. De Carmine Marino.

Rio das Lágrimas Secas (2018)

No dia 5 de novembro de 2015, a barragem de resíduos de mineração de Fundão, de propriedade da Samarco, subsidiária da Vale e da BHP, rompeu, causando um desastre ambiental que afetou o Rio Doce e todos os ecossistemas ao redor, matou 19 pessoas e desalojou inúmeras outras. 'Rio das Lágrimas Secas' conta essa história pelo ponto de vista de mulheres afetadas por este crime em três comunidades localizadas ao longo do Rio Doce: Mariana e o distrito de Bento Rodrigues, as mulheres da aldeia Krenak em Resplendor e Regência, na foz do Rio Doce, litoral do Espírito Santo. De Sáskia Sá.

Sombras do Tempo (2012)

Sombras do Tempo é um mergulho ao mais íntimo de um homem: suas memórias, marcadas por mistérios e ausências. O tempo é o fio condutor, onde passado e presente se misturam e revelam uma mente em busca de significados. De Edson Ferreira.

UMA (2011)

UMA from alex ney on Vimeo.

O documentário foi sendo construído tomando como base o conceito de sincronicidade de Carl Gustav Jung, com cenas que sugerem elementos que se repetem em diversos lugares, ou simplesmente se conectam por semelhança de padrões, e assim compõem uma unidade conjunta de informações visuais. Assim, o filme sustenta uma ideia de unidade universal, de um todo comum, da Terra como organismo vivo, e nós como parte fundamental dessa jornada coletiva de ações, por meio de imagens que se relacionam visualmente durante todo o curta. De Alexandre Barcelos.

Uma Volta na Lama (2010)

Uma radiografia cultural e social, em forma de documentário, sobre a movimentada e eclética Rua da Lama, no bairro de Jardim da Penha, em Vitória. De Ursula Dart.

Vento Sul (2016)

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Volto à Vitória em um dia de sol de junho, quando o vento vira sul e o céu se torna azul. Volto sem nunca ter saído. Vitória. Minha ilha. A cidade que nunca foi minha. De Saskia Sá.

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