Redução consecutiva de índice de homicídios merece ser comemorada

A queda no número de mortes deve ser mantida no foco das políticas públicas, mas sempre lembrando que há outros desafios na segurança pública

Publicado em 17/09/2019 às 16h35
Atualizado em 17/09/2019 às 19h45
 Crédito: Divulgação
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É impossível não reagir com otimismo toda vez que uma nova notícia de queda nos números de assassinatos no Espírito Santo é divulgada. A recorrência - pelo oitavo mês consecutivo houve redução da violência, em comparação com o ano passado - vem confirmando a esperança do capixaba em um futuro mais pacífico. É a consolidação de políticas de Estado eficientes, mantidas por governos distintos, que conseguiram ser transformadoras nesta década já próxima do fim.

É uma vitória que merece ser reconhecida, a cada nova etapa alcançada; cada mês em que menos pessoas perdem a vida para a violência deve ser celebrado, com o devido respeito às vítimas, que lamentavelmente ainda são muitas.

Foram registrados 657 crimes letais, como homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e latrocínios, entre janeiro e agosto deste ano. É um número consideravelmente alto, que ainda coloca o Espírito Santo em um patamar de atenção. São, não se pode esquecer jamais, 657 vidas brutalmente perdidas, deixando marcas indeléveis na vida de familiares e amigos e na própria sociedade. Mas basta ver os números do mesmo período no ano passado, com 791 casos, para constatar que a evolução não para. Uma redução de 17%, a melhor marca desde 1996.

No início de setembro, a Grande Vitória conseguiu contabilizar mais de 70 horas sem registro de assassinatos. Não é algo irrelevante, pelo contrário. Principalmente se for levado em conta o histórico sangrento do Estado, que a partir da década de 80 passou a figurar com uma frequência incômoda nos rankings nacionais de violência. Um período tão longo sem mortes mostra que se está no caminho certo.

A redução dos homicídios deve ser mantida no foco das políticas públicas, mas sempre lembrando que há outros desafios na segurança pública, como os roubos e os crimes patrimoniais. Sem esquecer também da crescente influência das facções criminosas em bairros da Grande Vitória. Os assassinatos estão caindo, mas a sensação de insegurança nas ruas não acompanha esse ritmo. O exemplo da redução contínua de homicídios mostra que nada é impossível.

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