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Reoneração da folha: Pacheco chama reunião e avisa Haddad que medida sofre rejeição

Reoneração da folha: Pacheco chama reunião e avisa Haddad que medida sofre rejeição

Governistas tentam reverter o quadro e abrir um caminho de diálogo dos congressistas com o governo até fevereiro, quando o Legislativo volta do recesso

Publicado em 4 de janeiro de 2024 às 08:03

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Deputados e senadores avaliam que a tendência é o Congresso rejeitar a medida provisória (MP) que retoma a tributação gradual da folha de pagamento das empresas.

No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve reunir líderes partidários na próxima segunda-feira ou terça-feira. O objetivo inicial de Pacheco era ouvir a opinião dos parlamentares mais influentes sobre a MP da reoneração, mas os vetos impostos à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também devem entrar nas discussões.

Pacheco já indicou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em conversa reservada, que a medida provisória da reoneração da folha de salários vai ter muitas dificuldades de avançar no Congresso, mesmo que não seja devolvida à Presidência da República, apurou o Estadão/Broadcast. Governistas tentam reverter o quadro e abrir um caminho de diálogo dos congressistas com o governo até fevereiro, quando o Legislativo volta do recesso.

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, concede entrevista coletiva
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, concede entrevista coletiva. (Roque de Sá/Agência Senado)

Líderes da Câmara ouvidos pelo Estadão/Broadcast disseram que não houve ainda uma reunião para tratar dos temas - os trabalhos no Legislativo só voltam em fevereiro -, mas avaliam que a MP é "assunto óbvio". Um desses líderes disse, em condição de anonimato, que o Congresso deve inclusive trabalhar para não receber o texto da MP da reoneração.

Mais mudanças

A medida provisória da reoneração da folha foi anunciada por Haddad no último dia 29, cerca de duas semanas após o Congresso derrubar o veto do governo à lei que estende o benefício fiscal a 17 setores da economia até 2027, além da redução da contribuição previdenciária patronal paga pelas prefeituras.

A proposta de acabar com o incentivo, segundo o petista, está alinhada à meta de zerar o déficit das contas públicas este ano, já que repõe aos cofres do governo recursos que não estavam inicialmente previstos no projeto de lei orçamentária.

A MP também prevê uma extinção gradativa do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), aprovado por deputados e senadores para ajudar as empresas do setor em razão da pandemia da covid-19 e que foi prorrogado. O texto da MP ainda estabelece uma nova regra para compensação de crédito tributário, que será aplicada a volumes que empresas tenham direito superiores a R$ 10 milhões, em razão de decisões judiciais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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