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Petrobras vai segurar preço de gasolina até mercado estabilizar

Petrobras vai segurar preço de gasolina até mercado estabilizar

Depois de atentados na Arábia Saudita, valor do petróleo disparou no mercado internacional e previsão era de que aumentasse custo do combustível até o fim de semana

Publicado em 16 de setembro de 2019 às 21:27

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Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Após ataques de drone em uma petrolífera na Arábia Saudita no final de semana aumentarem o preço do petróleo no mercado internacional, a Petrobras determinou que não vai reajustar os preços dos combustíveis neste momento. A companhia vai continuar observando o comportamento do preço do petróleo no mercado internacional até decidir se vai revisar os preços dos seus derivados no Brasil.

Na prática, significa que o consumidor não será afetado no curto prazo, porque a estatal vai segurar os preços.

Por conta do atentado à Aramco, estatal saudita que é uma gigante do petróleo, preço do barril sofreu uma disparada na manhã desta segunda-feira (16) e chegou a US$ 72 na bolsa de Londres - uma alta de 20%.

Desde cedo, havia a previsão de que isso aumentaria os preços dos combustíveis nos postos de gasolina. Alguns analistas apontaram que o custo da commodity pode chegar a US$ 100 dólares no comércio exterior e isso acarretaria um aumento de 8% a 10% nas refinarias brasileiras até o fim de semana, afetando o consumidor.

CONTRA PREJUÍZOS

Para se resguardar de prejuízos financeiros enquanto não repassa altas no mercado externo para o consumidor, a companhia recorre ao artifício financeiro de hedge, no qual oscilações de curto prazo são compensadas.

Especialistas e investidores destacam, porém, da necessidade de a empresa não ser usada para atender às demandas do governo, como aconteceu no passado, quando a empresa foi usada para segurar a inflação. A companhia mantinha os preços dos combustíveis inalterados apesar das oscilações externas, o que gerou um rombo nas suas caixas.

Se o mercado perceber que a mesma prática está sendo adotada pela gestão atual, o seu programa de venda de refinarias será afetado, porque nenhuma empresa terá interesse em fazer parte de um setor comandado por interesses políticos e não econômicos.

ATENÇÃO

Mais cedo, em nota, o Ministério da Economia disse que o governo observa com atenção os ataques com drones a instalações de petróleo da Arábia Saudita, que fizeram o preço do petróleo disparar nesta segunda-feira.

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"O Ministério da Economia informa que sua equipe técnica está acompanhando os desdobramentos do ataque à refinaria de petróleo na Arábia Saudita e analisando seus impactos no mercado internacional e na economia doméstica".

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