Publicado em 1 de outubro de 2020 às 16:13
O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o governo "provavelmente" não usará recursos dos precatórios federais para custear o programa de distribuição de renda, em análise pelo governo, nem do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Mourão afirmou, ao chegar nesta quinta-feira na Vice-Presidência, no Palácio do Planalto, desconhecer outras formas de custear o programa e sugeriu que o tema fosse questionado do "outro lado", no Congresso Nacional.>
A proposta de financiar o programa Renda Cidadã, com dinheiro dos precatórios e do Fundeb, havia sido anunciada pelo governo e lideranças do Congresso no início da semana e causou mal-estar no mercado por propor o adiamento do pagamento dos precatórios que até então são quitados em dia.>
O vice-presidente afirmou também que, se o Congresso desejar, seria possível aprovar a reforma tributária ainda este ano. "O que tinha que ser apresentado já foi. O Congresso já tem duas propostas de emenda à Constituição (PECs) de autoria deles lá. Se desejarem, a coisa anda", afirmou Mourão.>
Em julho, o ministro da Economia Paulo Guedes, disse que a proposta de reforma tributária entregue pelo governo representava apenas uma parte inicial do plano do Executivo e sinalizou que encaminharia outras propostas contemplando a unificação do Imposto de Renda, dividendos, impostos indiretos. >
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A princípio, o tema da reforma tributária também seria tratado na mesma reunião do início da semana sobre o Renda Cidadã, mas ficou de lado. Não vingou a tentativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de incluir um novo imposto de transações financeiras, aos moldes da antiga CPMF, na proposta de reforma tributária que tramita na Câmara. >
Segundo apurou o Estadão/Broadcast, os líderes avisaram durante a reunião que, em ano de eleições municipais, seria impossível "ganhar a narrativa" de criação de um novo imposto para a redução dos tributos e encargos que incidem sobre a folha de pagamentos.>
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