Publicado em 9 de novembro de 2021 às 13:47
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse nesta terça-feira (9) esperar que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios seja aprovada e com mais votos do que no primeiro turno. >
A votação da medida que é essencial para o pagamento dos R$ 400 do Auxílio Brasil está marcada para esta terça-feira. >
"Temos uma boa perspectiva de aprovar a PEC com mais votos do que foi no primeiro turno. Esse é o prognóstico dos líderes da base do governo", disse o líder, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta manhã. >
A proposta precisa passar em dois turnos, com o apoio de 308 deputados em cada. No primeiro placar, o governo conseguiu só quatro votos a mais, considerada uma margem pequena para garantir a aprovação. >
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Barros admitiu que deve haver mudança no placar dos partidos de oposição, como PDT e PSB, cujas bancadas se dividiram no primeiro turno. >
Diante de uma ofensiva da direção nacional desses partidos, a expectativa é de que o governo perca parte desses votos. >
"Vai [ocorrer mudança], mas temos vários parlamentares que estavam audentes na última votação e que estarão presentes agora", disse. >
O líder disse que a votação ocorrerá de forma tranquila, mas que será longa. Até porque muitos deputados estão em outro fuso horário, em missões oficiais. >
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), autorizou, horas antes do primeiro turno da PEC no plenário, que parlamentares pudessem votar remotamente, o que estava proibido com a volta dos trabalhos presenciais. >
Parlamentares de oposição, como Alessandro Molon (PSB-RJ) e Kim Kataguiri (DEM-SP), chegaram a pedir para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender a votação alegando a manobra de Lira. >
Entretanto, nesta terça-feira (9), a ministra Rosa Weber, relatora do caso na Corte, negou as três ações. >
A ministra afirmou que, em uma análise inicial, concluiu que os questionamentos tratam apenas de questões relativas ao regimento interno da Câmara dos Deputados e não representam alguma violação à Constituição que justifique a intervenção do STF. >
"A matéria, ao menos em sede de cognição sumária, aparenta estar enquadrada na categoria de ato interna corporis, cenário a circunscrever a resolução de eventual controvérsia interpretativa ao âmbito daquela Casa", disse. >
A ministra, porém, não descartou que seja tomada uma decisão no sentido oposto após a aprovação da PEC e citou que depois da Câmara o caso ainda deve ser apreciado pelo Senado. >
"Não antevejo, ademais, ao menos por ora, risco de ineficácia de eventual ordem concessiva futura, uma vez que, mesmo se aprovada em segundo turno, pelo plenário da Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição não será imediatamente promulgada".>
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