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Investigações sobre Maia e Flávio Bolsonaro freiam recuperação da Bolsa

Investigações sobre Maia e Flávio Bolsonaro freiam recuperação da Bolsa

O Ibovespa, maior índice acionário do país, subiu 0,40%, a 92.092 pontos. O giro financeiro foi de R$ 12,7 bilhões, abaixo da média diária para o ano

Publicado em 14 de maio de 2019 às 21:53

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O agravamento da guerra comercial entre EUA e China levou ao segundo pior dia do ano para Bolsas americanas na segunda (13) - o índice Nasdaq perdeu 3,41%. (Bolsa de Valores/arquivo)

Apesar da recuperação das principais Bolsas globais nesta terça-feira (14), o Ibovespa se manteve nos 92 mil pontos. Após tombo da véspera, índices americanos e europeus fecharam em alta com declarações do presidente americano Donald Trump de que um acordo com a China será firmado.

No Brasil, a melhora foi contida por investigações envolvendo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o filho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) .

O agravamento da guerra comercial entre EUA e China levou ao segundo pior dia do ano para Bolsas americanas na segunda (13) - o índice Nasdaq perdeu 3,41%. Dow Jones recuou 2,38% e S&P 500 cedeu 2,41%.

Nesta terça-feira (14), Donald Trump sinalizou otimismo sobre as perspectivas de um acordo comercial com a China em uma série de publicações em sua conta no Twitter. "Quando for o momento certo, faremos um acordo com a China. Vai acontecer e muito mais rápido do que as pessoas imaginam", tuitou o presidente.

Trump disse ainda que espera se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, em na reunião do G20 no Japão no final de junho.

Já o governo chinês disse que concordou em continuar com as negociações comerciais, mas acrescentou que a China não será intimidada.

O tom mais conciliatório adotado por ambas as partes após dias de escalada nas tensões abriu espaço para certo alívio no sentimento de aversão ao risco em mercados mundiais.

Nesta terça, o índice Dow Jones subiu 0,82%, S&P 500 ganhou 0,9% e Nasdaq valorizou 1,14%. As principais Bolsas europeias tiveram alta superior a 1%. Já as asiáticas fecharam antes dos acenos positivos de Trump e tiveram mais um pregão de quedas.

Segundo delação de Henrique Constantino, sócio de Gol, Rodrigo Maia (DEM-RJ) teria recebido propina da companhia Folhapress Rodrigo Maia (DEM-RJ). No Brasil, o noticiário negativo envolvendo Rodrigo Maia, um dos principais articuladores da reforma da Previdência e Flávio Bolsonaro, frearam a recuperação da Bolsa. 

O Ibovespa, maior índice acionário do país, subiu 0,40%, a 92.092 pontos. O giro financeiro foi de R$ 12,7 bilhões, abaixo da média diária para o ano. 

O dólar se manteve estável, com leve recuo de 0,05%, a R$ 3,9770. Na véspera, a moeda americana chegou a bater os R$ 4 durante o pregão. "Essas notícias políticas, que em um momento melhor da economia não teriam tanto efeito, hoje têm peso. As revisões do PIB mostram que a economia está muito mais fraca do que imaginávamos. O mercado está em ponto de espera e não deve acompanhar o viés otimista de fora. Pode ser que o tsunami de Bolsonaro esteja vindo", afirma Thiago Salomão, da Rico Investimentos.

Nesta terça-feira (14), o governo afirmou que irá revisar para baixo a previsão do PIB de 2019 e o Banco Central apontou a probabilidade de que a economia brasileira tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre. Na véspera, o Itaú afirmou que a economia neste ano deve crescer menos do que em 2018.

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O analista ressalta que o patamar de 91 a 92 mil pontos da Bolsa é favorável para comprar ações com o objetivo de vender a longo prazo, já que, no momento, o mercado não deve engatar uma alta expressiva. "Maio já era esperado como mês turbulento. Os avanços da reforma da Previdência foram em abril e, agora, só virão com a aprovação no segundo semestre", diz.

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