> >
Guedes diz que 'cartão vermelho' de Bolsonaro não foi para ele

Guedes diz que 'cartão vermelho' de Bolsonaro não foi para ele

Ministro chamou de barulheira as discordâncias entre o presidente Jair Bolsonaro e integrantes da equipe econômica sobre meios de financiar programa  para substituir o Bolsa Família

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 17:53

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

O ministro da Economia, Paulo Guedes, procurou, no evento online "Painel Tele Brasil 2020" afastar rumores sobre desentendimentos entre ele e o presidente Jair Bolsonaro em relação ao Renda Brasil. Depois de afirmar que o "cartão vermelho" do presidente não foi para ele, Guedes disse que estava com Bolsonaro no momento da gravação do vídeo que foi publicado nas redes sociais do presidente, em que ele "enterrou" o novo programa.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em cerimônia no Palácio do Planalto
O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em cerimônia no Palácio do Planalto. (Carolina Antunes/ PR)

Em uma videoconferência, ele chamou de barulheira as discordâncias entre o presidente Jair Bolsonaro e integrantes da equipe econômica sobre meios de financiar o programa social. "Hoje, teve essa barulheira toda. Estamos fazendo conexões de pontos que não estão conectados. São estudos que fazemos, estamos assessorando. Várias simulações e estudos são feitos. Tratamento seletivo da informação distorce tudo", afirmou Guedes.

"Prestem atenção aos sinais. Toda informação tem sinal e barulho. Mas não presta atenção no barulho, presta atenção no sinal. O sinal é que as reformas estão progredindo, a economia está voltando. O presidente diz que não conhece a economia e confia no ministro da Economia. O presidente diz que eu não entendo nada de política, parece que eu não entendo mesmo. Mas eu confio na intuição política do presidente. Prestem atenção aos sinais e não na barulheira. A democracia é barulhenta mesmo, mas preferimos o barulho da democracia do que o silêncio do sistema político fechado", destacou o ministro.

Mais cedo, o presidente publicou no Facebook um vídeo em que disse que merecia "cartão vermelho" quem sugere congelar aposentadorias. "Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final", afirmou hoje Bolsonaro, no vídeo.

Guedes argumentou que Bolsonaro tinha direito a essa resposta política, uma vez que "que fazem politicagem" sobre estudos do governo.

Durante a palestra no evento, o ministro afirmou que as manchetes de veículos de imprensa desta terça-feira (15) distorceram a informação, sugerindo que Bolsonaro queria tirar dos pobres para dar para os mais pobres ao desvincular o salário mínimo de benefícios previdenciários para financiar o Renda Brasil.

Segundo o ministro, a proposta em estudo no ministério é a desindexação de todas as despesas, no âmbito da PEC do pacto federativo, para devolver o controle do orçamento aos governantes.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais