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Empresa responsável pelo Maracanã nega dívida com Rio de Janeiro

Empresa responsável pelo Maracanã nega dívida com Rio de Janeiro

CME diz ter recuperado estragos depois dos Jogos Olímpicos

Publicado em 19 de março de 2019 às 00:49

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Maracanã. (Gilvan de Souza | Flamengo )

A empresa Complexo Maracanã Entretenimento (CME), responsável pelo estádio, negou a existência de dívida milionária com o governo do estado, conforme argumentou o governador Wilson Witzel (PSC), ao anunciar nesta segunda-feira (18) o rompimento da concessão. Segundo o governo estadual, a concessionária não paga as parcelas de outorga previstas no contrato de concessão desde maio de 2017, o que gerou uma dívida de R$ 38 milhões.

De acordo com a nota da CME, os valores só seriam devidos se o uso comercial do entorno do estádio tivesse sido liberado, o que acabou não acontecendo.

“As outorgas em atraso mencionadas pelo governo seriam referentes à contrapartida do Complexo Maracanã Entretenimento pelo uso comercial das áreas do entorno do estádio, como o Célio de Barros, o Julio Delamare e adjacências, fato que não ocorreu em função da decisão unilateral do governo de tombar esses espaços”, afirmou a concessionária.

Além disso, a empresa declarou que teve de recuperar, com dinheiro próprio, o estádio e também o Maracanãzinho, que foram usados durante os Jogos Olímpicos e apresentaram inúmeros problemas no fim do evento.

“A Complexo Maracanã Entretenimento, além de manter o estádio em alto nível, recuperou com seus recursos o estádio e o Maracanãzinho após os estragos deixados pelo Comitê Rio 2016, como cadeiras no Maracanã e painéis elétricos no ginásio.”

COPA AMÉRICA

A CME lembrou ainda que contratada pela Conmebol para realizar a operação de cinco jogos da Copa América, inclusive a final. Também ressaltou que opera o estádio sem nenhum recurso público. “Além da geração de milhares de empregos diretos e indiretos com a operação do estádio e do ginásio, os poderes públicos municipal e federal são beneficiados com a arrecadação de impostos.”

O governo do estado anunciou que vai decretar no Diário Oficial de terça-feira (19) a caducidade do contrato de concessão do estádio. Segundo Witzel, a decisão foi tomada por descumprimento do contrato por parte da concessionária.

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Com a publicação no DO, a concessionária terá que deixar o estádio em até 30 dias, e a administração será assumida pelo estado por meio de uma comissão consultiva com sete membros. O governo trabalha na elaboração de uma permissão de uso para que o estádio possa ser administrado, enquanto um novo modelo de parceria público-privada é preparado.

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