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Em nova máxima histórica, Bolsa fecha em alta de 1,63%, aos 128.267 pontos

Em nova máxima histórica, Bolsa fecha em alta de 1,63%, aos 128.267 pontos

O nível foi impulsionado pelo surpreendente crescimento de 1,2% para o PIB do primeiro trimestre, que melhora a perspectiva para a atividade econômica em 2021

Publicado em 1 de junho de 2021 às 18:13

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Bolsa de valores
O Ibovespa alcançou os 128 mil pontos. (Pixabay )

Em renovação pela terceira sessão consecutiva de máximas históricas intradia e de fechamento, o Ibovespa alcançou nesta terça-feira pela primeira vez o nível de 128 mil pontos, impulsionado pelo surpreendente crescimento de 1,2% para o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que melhora a perspectiva para a atividade econômica em 2021 pelo efeito estatístico para os próximos períodos.

Assim, o índice da B3 fechou o dia em alta de 1,63%, aos 128 267,05 pontos, o quinto ganho diário seguido, elevando o acumulado no ano a 7,77%. Reforçado, o giro financeiro foi a R$ 43,0 bilhões nesta terça-feira, após o feriado de segunda-feira em Nova York.

Renovada pela manhã e também no fim da sessão, a nova máxima histórica intradia passa agora a 128.363,49 pontos, após o Ibovespa ter pulverizado com facilidade a resistência imediata dos 126.250 pontos, correspondente, praticamente, à máxima histórica do dia anterior, exibida no fechamento de segunda-feira. Nesta terça-feira, o índice saiu de 126.218,42 pontos na abertura, a mínima do dia.

O Ibovespa retomou forte recuperação em novembro, interrompida entre janeiro e fevereiro, quando o País começava a ingressar na segunda onda de covid-19, que colocava em risco o desempenho do PIB no primeiro trimestre e dificultava a visualização de como seria a sequência do ano.

A leitura acima do esperado para o intervalo janeiro-março corrobora recentes dados sobre arrecadação federal e as contas públicas: uma combinação de situação fiscal e atividade econômica acima do que se chegou a temer para a primeira metade do ano.

Dessa forma, uma série de instituições financeiras, entre as quais Bradesco, Citigroup, Barclays e Goldman Sachs, anunciaram ainda nesta terça revisões das respectivas projeções de PIB para o ano, aproximando-as ou mesmo colocando-as acima do patamar de 5%. Um grau maior de atividade pode resultar em lucros maiores para as empresas, com efeito sobre os preços de ações e o nível de pontuação do Ibovespa no fim do ano. Por enquanto, a XP, por exemplo, mantém projeção de 145 mil pontos para o índice da B3 em 2021, em avanço impulsionado pelas expectativas de lucros das empresas que compõem o índice.

"No último trimestre do ano passado, vários estímulos fiscais estavam vigentes, como o auxílio emergencial, o BEm e taxa de juros mais baixa, ou seja, estávamos em um ambiente de estímulos fiscais e monetários maior do que a gente vê no primeiro trimestre deste ano", diz Raquel de Sá, chefe de Economia da Rico Investimentos. "Apesar de não ser um número tão grande, surpreendeu porque a grande preocupação no final do ano passado, e no começo deste ano, era o que aconteceria se houvesse um abismo fiscal, depois do fim de todas essas medidas de estímulos "

No primeiro trimestre, "o PIB foi puxado pelo consumo empresarial, o investimento, que avançou 4,6% no início do ano", observa André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, em nota. "Já o consumo das famílias e do governo teve queda no período, refletindo a segunda onda da pandemia e a contenção de gastos do governo que tem criado dados fiscais melhores", acrescenta o economista.

"A melhora da situação fiscal tem levado a projeções mais favoráveis sobre a relação dívida/PIB, mas o mercado ainda aguarda avanço nas reformas, em particular a administrativa, pela qual o presidente Bolsonaro não tem indicado muito apetite. Nesta semana, lá fora, temos ainda dados importantes, como o Livro Bege e principalmente o payroll americano. Vamos ver como o mercado se comportará depois desse entusiasmo todo com o PIB, que ajudou hoje as empresas com exposição à economia doméstica, como o varejo", diz Rodrigo Friedrich, sócio e head de renda variável da Renova Invest.

Nesta terça-feira, Lojas Americanas (+7,59%) e Via Varejo (+6,63%) seguraram a ponta do Ibovespa, perto de BRF (+9,55%), Ultrapar (+7,25%) e Cyrela (+6,57%). No lado oposto, Locaweb cedeu 5,54%, Banco Inter, 3,60%, e Klabin, 2,39%.

O dia foi positivo para Petrobras PN (+1,56%) e ON (+2,18%), com o Brent negociado em alta, a US$ 70 por barril, enquanto Vale ON (-1,38%), na mínima do dia no fechamento, não acompanhou a retomada do preço do minério na China, que contribuiu para avanço do segmento de siderurgia, com destaque para CSN ON (+5,54%). O dia também foi favorável para as ações de bancos, com ganhos até 4,29% (Santander) - destaque também para Itaú PN (+3,62%).

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