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Doria suspende 13º salário e bônus de servidor público de SP

Doria suspende 13º salário e bônus de servidor público de SP

Governador de São Paulo anunciou a suspensão da antecipação do 13º e do terço de férias. No caso do bônus, o pagamento será feito apenas a profissionais da saúde e das forças de segurança

Publicado em 14 de abril de 2020 às 15:46

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, nesta terça-feira (14), a suspensão da antecipação de pagamento do 13º salário e do terço de férias remuneradas dos servidores públicos do Estado, além de corte dos bônus por resultados.

Governador de São Paulo, João Doria
Governador de São Paulo, João Doria, anunciou medidas de austeridade econômica. (Governo do Estado de São Paulo)

No caso do bônus, o pagamento será feito apenas a profissionais da saúde e integrantes das forças de segurança.

As medidas anunciadas fazem parte de um pacote de austeridade econômica e corte de despesas do Estado no enfrentamento à pandemia de coronavírus.

Com exceção das áreas da saúde e segurança pública, os concursos públicos em andamento e novos processos seletivos estão paralisados, assim como novas nomeações, contratos de obras e publicidade que não estejam relacionados a ações de enfrentamento e prevenção à Covid-19.

De acordo com Doria, os cortes têm como objetivo garantir o "cumprimento de compromissos financeiros ao longo dos próximos três meses e assegurar recursos e investimentos nas áreas da saúde e segurança pública", além de preservar salários e empregos.

A previsão do governo é de que a arrecadação do estado tenha queda de R$ 10 bilhões entre abril e junho, período que deverá abranger o pico da pandemia em São Paulo.

O pacote de corte de custos, segundo o executivo paulista, não prevê redução de salários ou de jornadas de trabalho do funcionalismo paulista, mas prorroga despesas e suspende serviços considerados não essenciais enquanto durar o enfrentamento ao coronavírus.

As medidas foram definidas por decretos publicados no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (14).

A redução média de custeio, conforme consta no pacote, é prevista em 20%, exceto para as áreas essenciais, como saúde e segurança pública.

Segundo o vice-governador Rodrigo Garcia, haverá redução orçamentária destinada a museus, atendimento ao público, despesas com água, luz e outros contratos como limpeza, manutenção predial e transporte escolar.

À exceção dos servidores da saúde, o governo de São Paulo determinou também a suspensão de auxílio alimentação e transportes aos funcionários públicos em teletrabalho, pagamento de diárias e passagens aéreas e terrestres, compra de carros, equipamentos, computadores e novas locações de imóveis e veículos.

O impacto econômico das medidas prevê que a reserva emergencial de caixa alcance R$ 2,3 bilhões nos próximos três meses.

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A suspensão de serviços da dívida com a União foi ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e já permite economia de R$ 1,2 bilhão por mês entre março e agosto. O Estado também faz negociações para interromper o pagamento de dívidas bancárias e de precatórios durante a crise.

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