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Desempregado com mais de 55 anos poderá entrar no Programa Verde Amarelo

Desempregado com mais de 55 anos poderá entrar no Programa Verde Amarelo

Regra ainda está sendo avaliada pelo Congresso e valerá para quem está sem trabalho há mais de um ano; programa beneficia, atualmente, os jovens entre 18 e 29 anos

Publicado em 6 de fevereiro de 2020 às 15:26

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Medida Provisória do governo federal deve favorecer quem está há mais de 12 meses sem trabalho. (Dilgação)

Trabalhadores com mais de 55 anos e que estão procurando emprego há mais de 12 meses poderão ser incluídos no Programa Verde Amarelo, do governo federal. A informação é do relator da medida provisória (MP) 905, deputado Christino Áureo (PP-RJ).

O programa beneficia jovens entre 18 anos e 29 anos. Neste caso, a proposta é reduzir os encargos trabalhistas para empregadores que optarem em dar o primeiro emprego nessa faixa etária.

O deputado afirmou que vai tornar opcional a contribuição previdenciária sobre o seguro desemprego para os trabalhadores que quiserem contar o tempo de recebimento do auxílio para aposentadoria. No texto original enviado ao Congresso, o governo torna a cobrança obrigatória - o que gerou forte resistência dos parlamentares.

“A contribuição fica como fator de inclusão previdenciária. Estou respeitando aquilo que o governo colocou”, afirma o relator.

Nesta quarta-feira (5), foi realizada a primeira audiência pública da comissão que analisa a proposta. Na ocasião, houve mais crítica do que elogios de deputados e senadores, conforme informações da Agência Câmara.

Inicialmente, a equipe econômica iria incluir trabalhadores com mais de 55 anos no programa, mas recuou diante do impacto nas contas públicas. A ampliação das regras para essas pessoas será feita nas mesmas condições dos jovens, como teto salarial de um salário mínimo e meio.

O relator da MP informou que a fonte de recursos para custear o programa neste ano está assegurada no orçamento da União já aprovado pelo Congresso. Foi definida uma reserva de R$ 1,5 bilhão para este fim. Caso haja adesão dos empregadores, a despesa será maior nos próximos anos e terá de ser acomodada no próprio orçamento.

A apresentação do relatório na comissão mista do Congresso que analisa a matéria está marcada para 19 de fevereiro e a votação, logo após o carnaval. Os trabalhos do legislativo começaram nesta semana. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, também participou da audiência.

Após a reunião, Marinho disse que não via problema na inclusão dos trabalhadores com mais de 55 anos no programa, desde que o Congresso aponte a fonte de receitas. Segundo ele, qualquer mudança no sentido de aumentar o escopo tem que haver a questão do atendimento à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Se buscar essa alternativa, deverá ter a condição de apresentar essa possibilidade”, disse Marinho.

A MP faz ainda outros alterações na reforma trabalhista, como por exemplo, a autorização para o trabalho aos domingos e feriados, além de flexibilizar a fiscalização do trabalho e revisar o valor da correção das dívidas trabalhistas. O texto recebeu 1.928 emendas de parlamentares para modificar a proposta e enfrenta forte pressão de parlamentares para que a MP seja desmembrada.

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O relator afirmou que tratará de todos os pontos no parecer. Mas, segundo ele, ainda será preciso construir uma maioria na comissão para aprovar a MP.

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