> >
Coronavírus fez mercado de livros perder metade do faturamento em abril

Coronavírus fez mercado de livros perder metade do faturamento em abril

Como previsto, o mercado livreiro perdeu 47% do seu faturamento no último mês, na comparação com o mesmo período no ano passado

Publicado em 5 de maio de 2020 às 14:11

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Livros contribuem para a formação cultural da população
Livros contribuem para a formação cultural da população. (Pixabay)

Como previsto, foi forte o impacto no mercado editorial causado pelo fechamento das livrarias em decorrência da crise ocasionada pelo novo coronavírus. O setor viu seu faturamento cair quase pela metade em abril, mostra a última edição do Painel do Varejo de Livros no Brasil, levantamento feito mensalmente pela Nielsen Bookscan.

O mercado livreiro perdeu 47% do seu faturamento no último mês, na comparação com o mesmo período no ano passado. Se em abril de 2019 as vendas ficaram em cerca de R$ 125 milhões, agora elas despencaram para R$ 67 milhões.

A queda é semelhante (45%) quando se avalia o número de exemplares vendidos nos dois períodos. Ano passado, cerca de três milhões de livros tinham sido vendidos -já agora, esse número foi de 1,5 milhão.

A pesquisa mostra também que, para tentar alavancar as vendas mesmo em tempos de crise, editoras e livrarias parecem apostar em descontos maiores a fim de atrair leitores -no ano passado, o desconto médio no período era de 16% e, agora, saltou para 24%.

Já os números de novos ISBNs -número de identificação que todo livro recebe antes de ser lançado- caiu 22% no período analisado. Desde o fechamento do varejo, diversas editoras cancelaram ou adiaram lançamentos por tempo indeterminado.

O mercado de livros é atingido depois de já vir enfrentando uma crise profunda, que culminou, no ano passado, com a entrada em recuperação judicial dos dois principais canais de venda do setor, a Saraiva e a Livraria Cultura.

As duas redes já pediram à Justiça autorização para apresentarem aditivos a seus planos de recuperação judicial, porque começaram a ter dificuldades de pagar seus credores.

Na semana passada, a pedido de um grupo de grandes editores, a Justiça determinou que a Saraiva devolva metade dos livros quem tem nos seus estoques em lojas físicas ou no seu centro de distribuição, em Cajamar (SP).

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais