Publicado em 24 de julho de 2019 às 20:05
A Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa) demitiu 32 pessoas de várias áreas da estatal na última semana. Gastando mais do que arrecada, a empresa precisa reequilibrar suas contas e reduzir o número de funcionários está sendo a alternativa.>
De acordo com uma portaria publicada no dia 19 de julho, mesmo com medidas de racionalidade do custeio da Companhia, como a revisão de contratos, a Codesa está a caminho de seu terceiro ano consecutivo no vermelho.>
Entre os anos de 2017 e 2018, a estatal registrou um déficit de R$ 43 milhões. No primeiro semestre deste ano a autoridade portuária já está com um déficit aproximado de mais R$ 7 milhões.>
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Já antevendo a situação, em 2017, a empresa começou a ofertar os planos de Demissão Incentivada e de Demissão Assistida aos funcionários. >
Além de buscar o reequilíbrio, o foco em se tornar mais enxuta e eficiente também tem o objetivo de tornar a Codesa mais atrativa para o mercado, já que o governo federal pretende privatizá-la até 2021, com leilão previsto para ocorrer no primeiro trimestre desse ano. >
PROBLEMAS>
O INSS advertiu a Companhia sobre a irregularidade de aposentados, em regime de aposentadoria especial, que permaneciam trabalhando em áreas de risco. Segundo o Instituto, pessoas com idade avançada estariam trabalhando em altura, em área com poeira ou outros tipos de insalubridades.>
Além disso, em junho deste ano, a Secretaria e Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério da Economia, publicou uma portaria em que determinou a redução do número de empregados próprios da Codesa com uma das medidas de amenizar a situação da estatal.>
INCÊNDIO>
Outro agravante da situação da companhia foi um incêndio. Em abril deste ano, um silo na área de granéis sólidos da Codesa foi danificado pelo fogo.>
No portaria publicada, a Codesa admitiu que não tem interesse em manter o modelo de exploração econômica desses silos, onde aloca empregados próprios. A Companhia destacou que, quando as condições de operação forem restabelecidas, o próprio operador portuário é quem deve alocar empregados na atividade.>
A operação de granéis sólidos, entre 2017 e 2018, registrou um prejuízo de R$ 4 milhões para a estatal. Neste ano, ele já está em R$ 1 milhão negativos.>
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