Diante da atual conjuntura da economia, muitos empresários aguardam a aprovação de reformas para desengavetar projetos e voltar a investir. A mudança na Previdência é o primeiro passo para a volta da confiança. Outros fatores de estímulo à economia, no entanto, também serão essenciais para atração de novos investimentos.
De qualquer forma, esse novo rumo que o país busca, de ajuste das contas públicas, deve contribuir para atrair R$ 10 bilhões em investimentos para o no Espírito Santo.
A aprovação do projeto também possibilitará que o governo federal passe a investir mais em infraestrutura e áreas sociais, tendo em vista que o dinheiro utilizado para pagar o déficit previdenciário cerca de
R$ 290 bilhões em todo o Brasil poderá ser utilizado para investimentos.
A maior parte dos recursos que deve ser destravados no Estado está concentrada na indústria. O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Léo de Castro, já havia dito que os empreendedores estão apenas à espera do pacote de medidas a ser decidido pelo governo federal. Pelas simulações que fizemos, podemos falar nesse valor de R$ 10 bilhões, comentou Léo ao acrescentar que a reforma da Previdência é essencial para reverter o quadro de letargia.
O primeiro fato que podemos apontar é que aumenta em muito a chance de a carteira de investimentos recém-anunciada pelo Instituto Jones dos Santos Neves acontecer de fato. Nós entendemos que o Brasil como um todo, e, consequentemente o Espírito Santo, vai receber uma onda investimentos muito relevante em infraestrutura e em novos projetos na área de tecnologia. Também alguns setores que se relacionam com o mercado internacional devem acelerar os seus projetos, como a Vale, a Suzano, a ArcelorMittal, disse Léo de Castro.
A Reforma da Previdência é uma conexão do país de volta com a confiança. A expectativa é que aconteça junto uma retomada de empregos. Com mais empregos, vem também o aumento do consumo e isso libera os investimentos. Acreditamos que o Brasil terá um movimento muito relevante de retomada econômica, completou o presidente da Findes.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio), José Lino Sepulcri, também acredita que existam projetos parados no setor. Para ele, os investimentos podem variar em torno de R$ 50 milhões. O comércio representa 65% do PIB capixaba e os empresários estão na expectativa da mudança. Acontece que eles só investem quando têm certeza, avalia José Lino.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-ES), Paulo Baraona, acredita que, caso a reforma seja aprovada, o número de unidades em construção pode passar de 11 mil para 15 mil por ano. É um incremento significativo e vale destacar que a construção é o setor que mais movimenta a economia. Quando ela vai bem, tudo melhora junto, destaca.
No Brasil, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) estima que a aprovação da reforma destrave investimentos de
R$ 1,4 trilhão num período de dez anos incluindo investimentos das iniciativas pública e privada. Estimamos que as contas públicas retomem ao campo positivo em 2024. A partir daí a reforma é capaz de abrir margem para investimentos públicos, disse o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
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