Publicado em 11 de maio de 2020 às 09:52
O presidente Jair Bolsonaro sinalizou no domingo (10), que vetará dispositivo que abre a possibilidade de reajuste para servidores públicos, prevista na lei de socorro aos Estados e municípios. "Amanhã (segunda, dia 11) a gente sanciona o projeto, com vetos. Está resolvida a parte... tem tudo para dar certo, apesar dos fechamentos por aí", disse o presidente a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada.>
Bolsonaro, porém, não deixou claro se estava falando do projeto de auxílio a Estados e municípios. Questionado por jornalistas, ele respondeu: "'Sanção' era o marido da Dalila", em referência a Sansão, uma figura bíblica. >
Como mostrou o Estadão/Broadcast, o projeto foi aprovado no Senado com o aval do próprio presidente para beneficiar o funcionalismo, principalmente da área de segurança. A decisão atropelou a orientação do ministro da Economia, Paulo Guedes, que pedia o congelamento de salários até dezembro de 2021 como contrapartida ao socorro de R$ 125 bilhões aos Estados e municípios.>
Após a votação, Bolsonaro mudou de postura e fez promessas públicas, ao lado de Guedes, para vetar a lista de categorias que ficariam de fora do congelamento de salários. Para cumprir com a promessa, o presidente terá de rejeitar o aumento para todas as categorias, pois as flexibilizações constam todas em um único parágrafo do artigo 8º do projeto.>
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No projeto, foram poupados do congelamento servidores da área de saúde (como médicos e enfermeiros), policiais militares, bombeiros, guardas municipais, policiais federais, policiais rodoviários federais, trabalhadores de limpeza urbana, de assistência social, agentes socioeducativos, técnicos e peritos criminais, professores da rede pública federal, estadual e municipal, além de integrantes das Forças Armadas.>
Como mostrou o Estadão/Broadcast, da forma como foi aprovado, o texto libera o reajuste para 7 de cada 10 servidores públicos de Estados e municípios. Já entre os funcionários públicos federais, as carreiras blindadas representam 60% do total da folha.>
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