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Banco Pan ultrapassa grandes e lidera lista de reclamações do Banco Central

Banco Pan ultrapassa grandes e lidera lista de reclamações do Banco Central

Instituição estreia em categoria de mais de 4 milhões de clientes em ranking

Publicado em 17 de julho de 2019 às 11:37

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Banco Central. (Reprodução/Web)

O Banco Pan lidera o ranking do Banco Central de reclamações contra instituições financeiras com mais de 4 milhões de clientes. O levantamento do segundo trimestre deste ano foi divulgado nesta terça-feira (16). 

A aquisição de 600 mil clientes entre o primeiro e o segundo trimestre de 2019 colocou, pela primeira vez, o Pan na mesma categoria que Banco do Brasil, Santander, Caixa, Bradesco e Itaú.

A posição de líder de reclamações, recorrente entre as cinco maiores instituições financeiras do país, foi tomada pelo estreante. 

No primeiro trimestre deste ano, com 3,5 milhões de clientes, o Pan era o quinto banco na lista dos mais reclamados entre aqueles com menos de 4 milhões de clientes. 

Em nota, o banco informou que "investe constantemente na melhoria e modernização de produtos, processos internos e na qualidade do atendimento ao cliente".

A instituição disse que o índice no ranking do BC "vem caindo de forma constante e expressiva nos últimos trimestres". 

As reclamações recebidas não tiveram aumento expressivo entre os trimestres. As queixas passaram de 683 para 701, mas o ranking não usa o número absoluto.

Para elaborar a classificação, o BC calcula um índice baseado na proporção de reclamações em relação à quantidade de clientes. Quanto maior o resultado, pior será o desempenho do banco. 

No primeiro trimestre, o índice do Pan era de 194,71, na antiga categoria. Agora, entre os grandes, o número passou para 168,45 no segundo trimestre. 

As principais queixas recebidas pela instituição são em razão de oferta e prestação de informação inadequadas sobre produtos.

A instituição, controlada pelo BTG Pactual e pela Caixa Econômica Federal, atua principalmente com crédito consignado e financiamento a veículos (motos e carros).

O banco planeja para setembro o lançamento de uma conta digital sem tarifas, seguindo os passos de instituições menores para ampliar a oferta de serviços e fidelizar clientes. 

Para César Caselani, professor de finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas), quando o processo de expansão do banco é veloz, ajustes às reclamações tendem a ser feitos posteriormente.

"Existem certas dores de crescimento quando a empresa deixa de ser pequena", afirmou ele. 

A migração de clientes de grandes bancos para os menores, segundo Caselani, é atrelada ao posicionamento agressivo das fintechs. Novos modelos de instituições financeiras oferecem produtos com menos tarifas e mais rentabilidade. 

O movimento, diz o professor, aumenta o potencial de reclamação de clientes em relação a falhas de sistema. "A exigência fica maior, a pessoa quer fazer as coisas na internet sem ter problemas." 

Em junho, a Caixa Econômica disse estar conversando com o BTG, outro acionista do Pan, sobre a venda de sua participação no banco. 

Em 2009, a Caixa comprou 35% do capital social do banco, com planos de expandir o crédito imobiliário para o segmento de baixa renda.

Em 2011, o apresentador Silvio Santos vendeu o Panamericano, hoje Pan, para o BTG Pactual por R$ 450 milhões. 

Posição - Instituição financeira (mais de 4 milhões de clientes) - Índice - Número de reclamações - Total de clientes

1º - Pan - 168,45 - 701 - 4.161.391

2º - Bradesco - 24,50 - 2.448 - 99.892.903

3º - Santander - 23,75 - 1.080 - 45.459.792

4º - Caixa Econômica Federal - 20,71 - 1.910 - 92.203.404

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5º - Banco do Brasil - 20,63 - 1.342 - 65.038.505

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