Publicado em 11 de setembro de 2020 às 13:00
Cerca de 10 milhões de brasileiros deixaram o isolamento rigoroso em meio à pandemia do coronavírus entre o início de julho e a terceira semana de agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE). >
Os brasileiros que diziam estar rigorosamente isolados somavam 41,6 milhões na semana de 16 a 22 de agosto, comparados a 51,3 milhões na semana de 5 a 11 de julho, uma redução de 9,7 milhões de pessoas.>
Somente entre a segunda e a terceira semana de agosto, o número de pessoas em isolamento rigoroso passou de 44,4 milhões para 41,6 milhões, queda de 2,8 milhões. Os números são da pesquisa Pnad Covid-19, que busca identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros.>
"De alguma forma, as pessoas estão flexibilizando as medidas de isolamento social, uma vez que aumenta o percentual de pessoas que estão tendo medidas menos restritivas e diminui o percentual daquelas que aplicam medidas mais restritivas de isolamento", afirma a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.>
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Ainda na terceira semana de agosto, 87,6 milhões de pessoas diziam ficar em casa e só sair em caso de necessidade, contra 86,4 milhões na semana anterior.>
Outros 76,4 milhões dizem que reduziram contato, mas continuam saindo de casa ou recebendo visitas, comparado a 74,5 milhões na segunda semana de agosto. Por fim, 4,5 milhões diziam não fazer nenhuma restrição, patamar estável em relação à semana anterior.>
Assim, na terceira semana de agosto, os rigorosamente isolados eram 19,7% da população, enquanto 36,2% reduziam contatos mas continuavam saindo de casa e recebendo visitas, outros 41,5% permaneciam em casa e só saiam por necessidades básicas e 2,1% não faziam restrições.>
Os desocupados somavam 12,6 milhões na terceira semana de agosto, patamar considerado estável em relação à semana anterior (12,9 milhões), mas acima da semana de 3 a 9 de maio (9,8 milhões).>
Com isso, a taxa de desocupação ficou em 13,2% para o período de 16 a 22 de agosto, estável em relação à semana anterior (13,6%) e com alta frente à primeira semana de maio (10,5%).>
"Há uma estabilidade geral nos indicadores de mercado de trabalho", observa Maria Lúcia.>
A população fora da força de trabalho somava 75 milhões na terceira semana de agosto, número considerado estatisticamente estável em relação à semana anterior (75,4 milhões) e também frente ao início de maio (76,2 milhões).>
Dessa parcela da população, 26,9 milhões gostariam de trabalhar, contingente estável nas duas bases de comparação.>
Os que gostariam de trabalhar mas não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam somavam 17,1 milhões, estável em relação à semana anterior (17,7 milhões), mas queda na comparação com o começo de maio (19,1 milhões).>
A população ocupada somava 82,7 milhões na semana de 16 a 22 de agosto, ante 82,1 milhões na semana anterior e 83,9 milhões no início de maio.>
Os ocupados afastados do trabalho devido à pandemia, eram apenas 4 milhões na terceira semana de agosto, estável em relação à semana anterior, mas forte queda em relação aos 16,6 milhões de afastados pela pandemia do início de maio.>
Ainda entre os ocupados, 8,3 milhões seguiam em trabalho remoto, patamar estável nas duas bases de comparação.>
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