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Setor público começa a investir em tecnologia para melhorar rotinas

Setor público começa a investir em tecnologia para melhorar rotinas

Entre as iniciativas bem-sucedidas, estão iGov.SP e Pitch Gov

Publicado em 22 de novembro de 2018 às 10:44

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Os próprios servidores são autores de projetos de inovação para aumentar a eficiência e o conforto do trabalho no dia a dia. (Divulgação)

Não faltam diagnósticos sobre o excesso de burocracia e a ineficiência do setor público no Brasil. Políticos renovam a promessa de trazer soluções, mas experiências bem-sucedidas mostram que elas geralmente estão na criatividade dos próprios servidores, que conhecem os processos que precisam mudar para melhorar a gestão.

Para Cleverson da Cunha, coordenador de Empreendedorismo e Incubação de Empresas da Agência de Inovação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o modelo de hackaton — como são chamadas maratonas tecnológicas que reúnem profissionais de diversas áreas para criar soluções em um curto espaço de tempo — pode ajudar o setor público a despertar a criatividade dos seus funcionários.

— Esse tipo de ação tem o potencial de descobrir ideias que, antes, nunca sairiam do papel, porque ficariam escondidas. Os governos precisam estar atentos às mentes talentosas com potencial de criar soluções inovadoras — diz.

O governo de São Paulo resolveu estimular a troca de ideias entre servidores com a criação da Rede Paulista de Inovação em Governo, o iGovSP. Integrantes de diferentes secretarias compartilham experiências em uma plataforma com textos e vídeos. Um funcionário pode até ministrar minicursos à distância para outros.

Já o Pitch Gov abre espaço para empreendedores oferecerem soluções para desafios elencados pelos servidores paulistas em diferentes áreas. Duas edições já realizadas com mais de 500 apresentações para 42 problemas, já deram frutos como o robô de atendimento Poupinha, atendente virtual que faz os agendamentos do Poupatempo, rede de postos do governo paulista que emitem documentos.

No governo federal, funcionários do INSS também trabalharam na construção de uma plataforma virtual para organizar agendamentos, um antigo pesadelo dos segurados. As filas diminuíram.

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Outra ideia bem-sucedida é a plataforma de mobilidade do governo federal, criada em 2016. O TaxiGov é parecido com o Uber, mas só pode ser usado por funcionários federais no Distrito Federal. Em vez de manter frotas próprias, os órgãos públicos que aderem passam a contar com os veículos de uma frota unificada, que já gerou uma economia de R$ 3 milhões ao governo com gastos de transporte.

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