A Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos instaurou inquérito civil na segunda-feira (1°), para apurar suposta discriminação racial dentro de uma loja do Mc Donalds, em São Paulo. O Ministério Público vai apurar a responsabilidade da rede sobre o caso e também verificar se a empresa possui políticas corporativas de promoção da igualdade racial. As informações foram divulgadas pelo site da Promotoria de São Paulo.
De acordo com a portaria de instauração do inquérito, assinada pelo promotor de Justiça Eduardo Valerio, Fernanda, que é negra, estava em companhia de seus dois filhos, de 7 e 3 anos, quando foi a uma unidade do McDonalds situada na rua Domingos de Morais, na capital paulista, com o intuito de comprar um sorvete no quiosque da loja.
Ao entregar o cartão do Bolsa Família (utilizado, no momento, como um cartão de débito), Fernanda foi abordada por um segurança do estabelecimento comercial, que impediu a realização da venda. Segundo a vítima, o segurança da loja gritou para ela: Não é para ficar pedindo aí não! Sai fora!.
O promotor diz que há indícios de prática de racismo institucional nas dependências da rede de restaurantes McDonalds, e que a Constituição Federal estabelece como objetivo do país a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Entre as diligências determinadas pelo promotor de Justiça está o envio de ofício ao McDonalds Brasil dando prazo de 30 dias para que a empresa responda, por exemplo, quais são as ordens e orientações dadas aos empregados próprios e de empresas terceirizadas no que se refere ao relacionamento entre eles e entre esses e os clientes do estabelecimento comercial e se há alguma orientação dada quanto a aspectos raciais e étnicos de funcionários e clientes.
COM A PALAVRA, MC DONALDS
A reportagem tenta contato com a rede. O espaço está aberto para manifestação.
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