Publicado em 27 de julho de 2022 às 19:27
BRASÍLIA - Em convenção realizada nesta quarta-feira (27), o PP oficializou o apoio à candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, lançada no último domingo, no Rio de Janeiro. A votação foi simbólica. O chefe do Executivo participa do ato político, realizado no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília. >
Eleito em 2018 com discurso avesso ao Centrão, Bolsonaro abraçou partidos fisiológicos como o PP para conseguir se manter no cargo. Os mais importantes fiadores do governo junto à classe política são filiados à sigla, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fábio Faria (Comunicações). O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PR), também é do PP.>
Apesar de ter formalizado a coligação com o PL a nível nacional, o PP liberou seus diretórios estaduais para apoiar outros candidatos ao Palácio do Planalto. No Mato Grosso, por exemplo, o deputado Neri Geller (PP), que deve se candidatar ao Senado, fechou acordo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário de Bolsonaro na eleição.>
Considerado um partido pragmático, o PP apoiou em 2018 a candidatura à Presidência de Geraldo Alckmin, então no PSDB. Nesta sexta-feira (29), Alckmin será oficializado pelo PSB como vice de Lula na corrida pelo Palácio do Planalto.>
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Em agosto de 2020, após Bolsonaro ter tentado governar sem fazer alianças com os partidos no Congresso, Barros assumiu a liderança do governo na Câmara. Depois, em fevereiro de 2021, Lira derrotou o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e foi eleito para a presidência da Casa com apoio do Palácio do Planalto.>
Em julho do mesmo ano, Nogueira assumiu a Casa Civil, chamada por Bolsonaro de "alma do governo". Na ocasião, o presidente rebateu as críticas à sua aliança com os partidos que criticava na campanha eleitoral de 2018 e declarou: "Eu sou do Centrão.">
Como parte do governo e no comando da Câmara, o PP acumulou poder nos últimos anos. E é nisso que o partido aposta para crescer, mesmo que Bolsonaro perca a disputa pela Presidência.>
"Nós temos o presidente da Câmara, Arthur Lira, temos o ministério mais importante do governo federal, com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Nós crescemos muito e nos tornamos a segunda maior força política do País. E queremos manter essa performance na estratégia que montamos para a eleição", afirmou o presidente nacional em exercício da legenda, deputado Claudio Cajado (BA).>
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