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Polícia ouve 13 jogadores e três funcionários do Flamengo

Polícia ouve 13 jogadores e três funcionários do Flamengo

Não há novos depoimentos previstos para sábado e domingo

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 23:43

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Um incêndio atingiu o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo em Vargem Grande, zona oeste do Rio. (Fábio Motta/Agência Estado)

Treze atletas das categorias de base do Flamengo e três funcionários do clube foram ouvidos pela Polícia Civil do Rio ao longo desta sexta-feira, no inquérito que apura a responsabilidade pelo incêndio que atingiu o centro de treinamento (CT) do rubro-negro, em Vargem Grande (zona oeste do Rio). Todos os atletas estavam no alojamento quando o incêndio ocorreu. Não há novos depoimentos previstos para sábado e domingo.

A 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), delegacia responsável pela investigação, requisitou ao Flamengo as imagens de câmeras de segurança instaladas no centro de treinamento e solicitou ao Corpo de Bombeiros e à Prefeitura do Rio a documentação referente ao funcionamento do CT. A Polícia Civil não se manifestou oficialmente sobre as prováveis causas do incêndio, mas a principal suspeita é que tenha havido um curto-circuito em algum aparelho de ar-condicionado.

O grupo de atletas e funcionários chegou à delegacia no início da tarde, em duas vans, acompanhado por um advogado, uma conselheira tutelar do município e uma equipe de assistentes sociais que está trabalhando para o Flamengo. Um dos funcionários ouvidos nesta sexta-feira é o segurança da portaria do centro de treinamento conhecido como Ferreirinha. Ele teria ajudado a resgatar três atletas pelas janelas do alojamento.

O grupo foi embora por volta das 16h e nenhum atleta nem funcionário falou com a imprensa. A conselheira tutelar Nalva Souza foi a única a conceder entrevista. Ela afirmou que o Flamengo está prestando assistência aos atletas sobreviventes: "Os jovens estão bem assistidos, o clube está dando toda a assistência, os pais foram contactados e está tudo bem. O trabalho do conselho é garantir que os direitos dos adolescentes sejam garantidos. A gente está acompanhando com toda equipe do clube. Os meninos, na medida do possível, estão bem. Estão lúcidos e contando-nos depoimentos de forma clara", disse ao site G1.

O Ministério Público do Estado do Rio também está acompanhando a investigação, mas não divulgou a distribuição de competências. Segundo o Estado apurou, duas equipes do MP-RJ devem acompanhar o caso: a primeira sob a ótica geral e a segunda para proteção específica dos adolescentes vítimas do incêndio.

O Ministério Público do Trabalho criou uma força-tarefa para apurar responsabilidades pelo incêndio. O grupo será liderado pela procuradora Danielle Cramer.

A diretoria do Flamengo passou o dia reunida na sede oficial do clube, na Gávea (zona sul), onde foi organizado um gabinete de crise para tomar decisões quanto ao episódio.

NORMAS DOS BOMBEIROS

Um decreto-lei estadual, em vigor desde julho de 1975, regulamenta a competência do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro para conceder licenças necessárias para o funcionamento de "quaisquer estabelecimentos". A norma estipula que a licença só será expedida após a aprovação do sistema de prevenção contra incêndio e pânico no local a ser usado. "A expedição de licenças, para o funcionamento de quaisquer estabelecimentos, para construir e as que importem em permissão de utilização de construções novas ou não, dependerão de prévia expedição, pelo Corpo de Bombeiros, de certificados de aprovação dos respectivos sistemas de prevenção contra incêndio e pânico", diz o artigo 2º do decreto-lei 247.

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Após fazer a inspeção do estabelecimento, caso julgue necessário, o Corpo de Bombeiros pode interditar de forma temporária ou até definitiva as construções ou estabelecimentos que estejam "em perigo sério e iminente de causar danos".

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