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PF vai investigar se carne da BRF tem salmonela prejudicial à saúde

PF vai investigar se carne da BRF tem salmonela prejudicial à saúde

Bactérias encontradas até agora, segundo polícia, não causam danos ao corpo humano

Publicado em 5 de março de 2018 às 16:44

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No Brasil, o grau de tolerância para Salmonella spp presente na carne é de 20%. (Reprodução/Sindicato dos Delegados da Polícia Federal)

A Polícia Federal (PF) pretende investigar a presença de salmonela prejudicial à saúde em lotes de carne de frango e peru da BRF apreendidos nesta segunda-feira (05), durante desdobramento da Operação Carne Fraca. Segundo a investigação, até o momento foram identificadas bactérias que não oferecem risco à saúde humana, embora estivessem em níveis acima do permitido.

As investigações identificaram apenas a presença da Salmonella spp. Em alimentos preparados no fogo, esse tipo de microorganismo não traz problemas à saúde humana. No Brasil, o grau de tolerância para esse tipo de bactéria na carne é de 20%. Em alguns países para onde a carne brasileira é exportada esse índice é mais baixo, podendo chegar até a 5%.

Se uma fiscalização encontra níveis mais altos do que o estipulado pelo Ministério da Agricultura, pode ser um indicativo de falta de higiene na granja e pode levar a empresa a ter suas exportações suspensas.

De acordo com a PF, parte do esquema investigado na operação desta segunda-feira fraudava a fiscalização dos produtos com relação a salmonela, permitindo que fossem exportados alimentos com níveis de bactéria acima do permitido.

Os tipos de salmonela prejudiciais à saúde humana são a Salmonella typhimurium e a Salmonella enteritidis. Caso elas sejam encontradas durante uma fiscalização, a empresa pode ser retirada da lista de exportação. O governo também pode suspender o consumo desse tipo de produto no Brasil.

Na operação desta segunda-feira, segundo a PF, a presença desses tipos de bacilos, por enquanto, não foi detectada nos lotes já avaliados. Os produtos que foram apreendidos ainda serão testados.

"As investigações continuam (durante as ações do dia de hoje), mas, agora, as investigações tratam realmente apenas da presença da Salmonella spp, o que representa restrições comerciais a 12 destinos dos mais de 150 que nós exportamos", diz Alexandre Campos da Silva, coordenador-geral do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), do Ministério da Agricultura;

Segundo Campos, existem mais de dois mil tipos de sorovares (bacilos) da salmonela e, quando dois desses tipos (pullorum e gallinarum) são encontrados em grande quantidade nas granjas, são exigidas algumas ações das empresas.

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"Sempre que isso acontece (maior grau de presença desse tipo de salmonela), para questão de saúde animal, são exigidas ações tanto da empresa quanto do serviço oficial, no aspecto de saúde pública", explica o coordenador.

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