Publicado em 24 de janeiro de 2023 às 18:05
BRASÍLIA - Notas fiscais do cartão corporativo da Presidência da República revelam que o governo gastou R$ 16,2 mil para bancar a hospedagem de uma equipe de servidores que foi para Alagoas dar proteção a Michelle Bolsonaro, numa viagem de lazer. A ex-primeira-dama foi passear na região conhecida como rota ecológica do litoral nordestino, no município de São Miguel dos Milagres. Agentes de segurança foram junto e as despesas desses funcionários públicos foram custeadas com esse modelo de pagamento.>
Os documentos de prestação de contas analisados pela reportagem apontam ainda gastos do mesmo gênero em viagens privadas de Carlos e Jair Renan, filhos de Jair Bolsonaro. Somente em abril de 2021 há registros de notas emitidas em sete viagens de parentes do então presidente. >
As notas se referem aos gastos dos servidores públicos, que têm a missão de proteger a família do presidente da República. Não foram localizadas despesas de Michelle ou dos filhos de Bolsonaro pagas com cartão corporativo.>
Os documentos foram consultados por repórteres de O Estado de S.Paulo e da agência Fiquem Sabendo, como resposta a um pedido de Lei de Acesso à Informação (LAI). O Estadão revelou na segunda-feira (23) que, durante a gestão Bolsonaro, há registros de gastos com camarão e picanha, em contraposição à imagem de homem de gosto simples passada pelo então presidente em suas aparições públicas. Bolsonaro disse ao menos 15 vezes em lives que não usava o cartão corporativo. >
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A reportagem não localizou a assessoria do ex-presidente para comentar o assunto.>
Além de Alagoas, a mulher do então presidente foi a mais quatro cidades durante o mesmo mês de abril de 2021: Presidente Prudente, Araçatuba, São José do Rio Preto, em São Paulo, e por três dias em Caldas Novas (GO), conhecida por ser um destino turístico por águas termais, onde a equipe ficou no Hotel Thermas di Roma. O processo de prestação de contas mostra que foram feitas consultas prévias sobre o preço da hospedagem em busca de opções mais baratas.>
No mesmo mês, Jair Renan Bolsonaro foi para Resende (RJ). Os custos da equipe de segurança também foram pagos com o cartão corporativo. Situação semelhante ocorreu com vereador Carlos Bolsonaro, quando viajou a Brasília e também foi acompanhado de seguranças.>
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.>
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