Publicado em 16 de junho de 2020 às 17:34
Segundo o IBGE divulgou nesta terça-feira (16), estima-se que mais de 3,5 milhões de brasileiros com algum sintoma gripal tenham procurado atendimento médico a cada semana no mês de maio. A primeira Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) foi realizada semanalmente ouvindo, por telefone, 48 mil domicílios em todo o Brasil. >
O número de pessoas que procuraram assistência médica por sintomas gripais semanalmente manteve-se estatisticamente estável ao longo do mês. Na primeira semana, de 3 a 9 de maio, foram 3,7 milhões; na segunda, 3,9 milhões; na terceira, 3,8; e na quarta e última, 3,6 milhões.>
Na última semana do mês passado, entre os dias 24 e 30, 22,1 milhões de pessoas (ou 10,5% da população brasileira) apresentaram pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal. O IBGE não perguntou sobre diagnósticos e testes do novo coronavírus, mas apenas sobre sintomas sentidos pelas pessoas ouvidas naquela semana e que estão relacionados a síndromes gripais quaisquer. O instituto diz que as questões relacionadas a testes serão feitas nos próximos meses da pequisa.>
Febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular são os sintomas investigados pela pesquisa.>
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Ao longo do mês, esse número caiu. Na primeira semana (de 3 a 9 de maio), eram 12,7% os que diziam ter apresentado algum dos sintomas gripais. O mais comum entre eles se manteve, ao longo do mês, sendo a dor de cabeça (de 5,8% a 4,9%), seguido pelo nariz entupido ou escorrendo (de 4,9% a 3,9%).>
Na última semana de maio, 16,4% daqueles que apresentaram sintomas procuraram um estabelecimento de saúde em busca de atendimento, seja em postos, equipe de saúde da família, UPA, pronto-socorro, hospital, ambulatório ou consultório. Na primeira semana do mês foram 13,7% deles.>
Segundo Maria Lucia Vieira, gerente da pesquisa, os dados refletem a mudança nas orientações para busca de ajuda médica. "No início, a orientação era ficar em casa e que só se buscasse atendimento em casos de sintomas graves, mas isso mudou, e as orientações passaram a ser que as pessoas deveriam procurar ajuda logo", diz ela.>
Mais de 80% dos atendimentos médicos foram na rede pública. Para Cimar Azeredo Pereira, diretor do IBGE, os dados reforçam a importância do sistema público de saúde. "É ele que a população busca quando precisa", diz.>
Cerca de 82% dos que relataram sintomas ao longo do mês ficaram em casa e a taxa dos que se automedicaram variou de 55,3% a 58,6% do começo ao fim do mês.>
Entre todos aqueles que procuraram o sistema de saúde, na última semana de maio, 11,7% tiveram de ser internados, o maior índice do mês na primeira e na terceira foram 9,1% e, na segunda, 10,1%.>
Entre a primeira e a quarta semana do mês, dos 12 sintomas pesquisados, quase todos apresentaram redução, exceto a febre e a perda de olfato ou paladar, que se mantiveram estáveis.>
O Brasil chegou, nesta segunda (15), ao total de 44.118 mortes devido à pandemia do novo coronavírus. São 891.556 os registros de pessoas que foram infectadas com a Covid-19 no país.>
O IBGE ainda deve divulgar na próxima semana os dados consolidados do mês.>
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