> >
Janja se vê como articuladora no governo Lula e diz ter autonomia

Janja se vê como articuladora no governo Lula e diz ter autonomia

Primeira-dama afirma que não tem perfil da mulher que "organiza chás de caridade", mas de "quem fala sobre políticas públicas"

Publicado em 15 de abril de 2024 às 12:24

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, disse que o papel dela no governo é de articuladora e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dá "total autonomia" para que ela possa exercer o que quiser. "A esposa que organiza chás de caridade e visita instituições filantrópicas, esse não é o meu perfil", afirmou.

Em entrevista concedida à BBC sobre a atuação das esposas de chefes do Executivo na América Latina, publicada no sábado, 13, Janja contou que "desde a campanha, disse que queria remodelar este papel de primeira-dama". Para ela, é a oportunidade de "quebrar a caixa na qual as primeiras-damas são forçadas a ficar. É sobre não ter uma caixa. Nós podemos fazer o que quisermos".

"O meu é o papel de articulador, de quem fala sobre políticas públicas. Podemos estar em espaços diferentes e conversar com públicos diferentes quando necessário", afirmou.

A primeira-dama Janja Lula da Silva
A primeira-dama Janja Lula da Silva. (Claudio Kbene/PR)

Desde o início do governo, a primeira-dama tem feito agendas sem o presidente, segundo ela, pela autonomia que recebe de Lula. "Essa linha de hierarquia não existe entre mim e meu marido", afirmou Janja. De acordo com a primeira-dama, os dois podem "estar em espaços diferentes e conversar com públicos diferentes quando necessário".

Em setembro de 2023, por exemplo, a primeira-dama representou a Presidência no Rio Grande do Sul, quando o Estado foi atingido por ciclones extratropicais. De acordo com a Defesa Civil gaúcha, 5.177 pessoas ficaram desabrigadas até o dia 24 daquele mês. O presidente cumpria agenda no exterior e, depois, se afastou de suas funções para realizar uma cirurgia no quadril.

Já em abril deste ano, Janja fez uma visita ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para debater os projetos do Fundo Amazônia enquanto Lula estava em Niterói (RJ).

A atuação da primeira-dama, com poder de veto no governo e interferência em áreas como economia, Defesa e publicidade, recebe críticas de ministros e líderes de partidos desde 2023. Entre a população, uma pesquisa do PoderData, de março, mostrou que 27% das pessoas que a conhecem dizem que ela é "ruim para o Brasil" e 42% afirmam que o trabalho dela é indiferente. Outros 20% dos entrevistados avaliam que Janja é "boa para o Brasil".

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais