Publicado em 11 de janeiro de 2023 às 13:06
O governo do presidente Lula (PT) reverteu nesta quarta-feira (11) o primeiro sigilo de 100 anos decretado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): as visitas recebidas pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada. A relação foi obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo.>
Segundo a lista, Michelle recebeu 565 visitantes entre 2021 e 2022. A mais assídua nesse período foi Nídia Limeira de Sá, diretora de Acessibilidade e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação.>
Nídia esteve na residência oficial da Presidência da República 51 vezes, o que equivale a cerca de quatro visitas por mês.>
A exoneração de Nídia não consta no Diário Oficial da União. O último registro com seu nome é de 12 de dezembro do ano passado, quando Bolsonaro concedeu a ela a Ordem Nacional do Mérito Educativo.>
>
Nas redes sociais, a diretora tem fotos com a ex-primeira dama e com a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves.>
Outros visitantes frequentes de Michelle foram:>
Cidadãos pediram a informação sobre quem Michelle estava recebendo com base na LAI (Lei de Acesso à Informação), mas a solicitação foi negada, sob a alegação de serem dados pessoais protegidos.>
Lula assinou um decreto em 1º de janeiro pedindo pedir a revisão dos sigilos de Bolsonaro pela CGU (Controladoria-Geral da União). No caso dos visitantes da ex-primeira dama, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) tomou a iniciativa e liberou os documentos antes da Controladoria terminar a análise.>
No dia da posse, em 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu prazo de um mês, por meio de despacho, para que a Controladoria-Geral da União (CGU) reavalie decisões da gestão Bolsonaro que impuseram sigilo sobre informações consideradas públicas.>
Os sigilos impostos pelo governo Jair Bolsonaro foram um dos temas que se destacaram na campanha presidencial e também durante o governo de transição. Lula chegou a afirmar que, se ganhasse o pleito, iria assinar um decreto para "acabar com o sigilo de 100 anos", mecanismo que foi usado pelo ex-presidente durante sua gestão em uma série de documentos.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta